
A morte é apenas uma travessia do mundo, tal como os amigos que atravessam o mar e permanecem vivos uns nos outros. Porque sentem necessidade de estar presentes, para amar e viver o que é onipresente. Nesse espelho didino vÊem-se a face, e sua conversa é livre e pura. Esse é o consolo dos amigos e embora se diga que morrem, sua amizade e convivio estão, no melhor sentido, sempre presentes, porque são imortais.
Harry poter está aguardando na rua dos Alferneiros. A Ordem da Fênix chegará em breve para trasferi-lo, em segurança, do endereço de sua familia trouxa, sem que Valdemort e seus seguidores saibam. A partir daí, o que Harry deverá fazer? Como será capaz de cumprir a missão, aparentemente impossível, que Dumbledore lhe deixou?
domingo, 17 de outubro de 2010
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
O guerreiro caído (capítulo cinco)

- Hagrid? - Harry esforçou-se para se levantar dos restos de metal e couro que o
encobriam, suas mãos afundando em centímetros de água enlameada quando tentou se
levantar. Ele não podia entender onde Voldemort tinha ido e esperava que ele emergisse da
escuridão a qualquer instante. Algo quente e úmido estava escorrendo pelo seu queixo
abaixo e pela sua testa. Ele rastejou para fora da lagoa e tropeçou em uma massa gigante e
escura, que era Hagrid.
- Hagrid? Hagrid, fale comigo. – Mas a grande massa não se mexeu.
- Quem está ai? É Potter? Você é Harry Potter?
Harry não conseguiu distinguir a voz do homem. Então uma mulher gritou. - Eles
bateram, Ted! Bateram no jardim!
A cabeça de Harry estava girando. “Hagrid” ele repetiu estupidamente, e seu
joelhos cederam.
A próxima coisa que ele soube foi de estar recostando em coisas como almofadas,
com a terrível sensação de queima em suas costelas e seu braço direito. Seu dente perdido
havia crescido. A cicatriz em sua testa ainda latejava.
- Hagrid?
Ele abriu seus olhos e viu que estava deitado em um sofá não familiar em uma
simples sala de estar. Sua mochila estava no chão um pouco distante, úmida e lamacenta.
Um homem com cabelo justo e um grande inchaço no rosto estava olhando para Harry
ansiosamente.
- Hagrid está bem, filho – disse o homem – A mulher está cuidando dele. Como
você se sente? Tem algo mais quebrado? Eu curei suas costelas, seu dente e braço, por falar
nisso, Ted Tonks – Pai da Ninfadora.
Harry levantou-se rapidamente: algo estralou, ele se sentiu enfermo e tonto.
- Voldemort...
- Não se preocupe agora. - disse o homem pondo a mão no ombro de Harry e o
empurrando de volta para as almofadas. - Aquilo foi uma batida cruel! De qualquer forma,
o que aconteceu? Deu algo errado com a moto? Arthur Weasley de novo, ele e aquela
adoração por trouxas dele?
- Não. - disse Harry com a cicatriz pulsando como um ferimento aberto. – Os
Comensais da Morte nos encontraram. Nós fomos perseguidos.
- Comensais da Morte? - Disse Ted bruscamente. - Do que você está falando?
Comensais da morte? Eu pensei que eles não soubessem que você seria transportado hoje.
- Eles sabiam. - disse Harry.
Ted Tonks olhou para o teto como se pudesse ver através dele o céu que estava
acima.
- Bem, nós sabemos que nosso encanto protetor nos segura, não é? Eles não serão
capazes de chegar aqui e nos atingir, então estamos seguros.
Agora Harry entendia porque Voldemort havia desaparecido: tinha sido o ponto
em que a motocicleta cruzou a barreira do encanto da Ordem. Ele apenas esperava que eles
continuariam a trabalhar: Ele imaginou Voldemort, alguns metros à sua frente como eles
disseram, procurando uma maneira de penetrar no que Harry via como uma grande bolha.
Ele balançou suas pernas para fora do sofá; precisava ver Hagrid com seus
próprios olhos antes que pudesse acreditar que ele estava vivo. Ele mal tinha se levantado,
contudo, quando uma porta se abriu e Hagrid deslizou por ela, sua cara coberta com lama e
sangue, um pouco fraco, mas milagrosamente vivo.
- Harry! – Derrubando duas mesas delicadas, ele atravessou a sala em dois passos,
e deu em Harry um abraço que quase partiu suas recém-emendadas costelas. – Nossa,
Harry, como nós conseguimos sair dessa? Eu pensei, por um momento, que nós dois
iríamos...
- É, estou tão surpreso quanto você, nem acredito que saímos dessa. - disse Harry
com a voz embargada pelo abraço de Hagrid. Harry interrompeu o abraço. Observava a
mulher que entrara no quarto logo após Hagrid.
- Você! - ele gritou, e sua mão voou automaticamente para seu bolso, em busca da
varinha, mas ele estava vazio.
- Sua varinha está comigo, filho. - Disse Ted, dando um tapinha no braço de
Harry.- Ela caiu logo ao seu lado, eu a peguei. E essa com a qual você estava gritando é
minha esposa.
- Oh, m-me desculpe.
Ao entrar na sala, a semelhança da Sra.Tonks com sua irmã Belatriz ficou muito
menos acentuada: Seu cabelo era de um castanho claro, e seus olhos eram largos e amáveis.
De qualquer maneira, ela olhou de forma tão simpática para a exclamação de Harry, que
não poderia ser Belatriz.
- O que aconteceu à nossa filha? - Ela quis saber. - Hagrid disse que vocês foram
cercados. Onde está Ninfadora?
- Eu não sei, - disse Harry. Nós não sabemos o que houve a nenhum dos outros.
Ela e Ted trocaram olhares. Uma mistura de medo e culpa agarrou Harry ao ver
suas expressões. Se qualquer um deles morrer, era sua culpa, tudo sua culpa. Ele havia
consentido com o plano, dando a eles seu cabelo...
- A Chave de Portal - ele disse, lembrando-se de tudo repentinamente. – Nós temos
que ir para A Toca e descobrir – então seremos capazes de nos comunicar com Tonks, uma
vez que ela...
- Dora estará bem, Andrômeda, - disse Ted. - Ela sabe se cuidar, ela vêm andado
com os Aurores todo esse tempo. A Chave de Portal é por aqui, - disse ele se dirigindo a
para Harry.
- A Chave está programada para funcionar daqui a três minutos, se vocês quiserem
ir...
- Sim, nós queremos, - disse Harry. Ele agarrou sua mochila, jogando-a sobre os
ombros.
- Eu... - Ele olhou para a Sra. Tonks, desejando se desculpar por deixá-la
amedrontada e dizer que ele se sentia responsável, mas não lhe ocorreram palavras para
tanto.
- Eu direi a Tonks – Dora – para comunicar-se com vocês, quando nos
encontrarmos. Obrigado por nos abrigar, obrigado por tudo. Eu... - Ele estava satisfeito por
deixar a sala e seguiu Ted Tonks por um pequeno corredor até um quarto. Hagrid veio após
eles, se abaixando para evitar bater a cabeça no topo da porta.
- Aqui estamos, filho. Aqui está a Chave de Portal. - Sr. Tonks estava
apontando para uma pequena e prateada escova de cabelo na mesinha.
- Obrigado. - disse Harry, estendendo a mão para a escova o seu dedo, pronto para
ir.
- Espere um instante. - disse Hagrid, olhando a sua volta. - Harry, cadê a Edwiges?
- Ela... Ela foi atingida. - disse Harry,
Foi então que lhe caiu a ficha: Ele se envergonhou de si mesmo quando as
lágrimas escorreram de seus olhos. A coruja havia sido sua companhia, sua grande conexão
com o mundo mágico até mesmo quando ele era obrigado a voltar para a casa dos tios.
Hagrid estendeu a grande mão e deu tapinhas dolorosos em seu obro. – Não
importa, - ele disse grosseiramente. - Não importa. Ela já tinha vivido muito...
- Hagrid! - alertou Ted Tonks, quando a escova brilhou em um azul reluzente e
Hagrid só pusera o dedo na última hora.
Harry sentiu um enorme puxão para trás, na altura do umbigo, como se um gancho
invisível estivesse levando-o, ele foi puxado para o nada, girando desconfortavelmente, seu
dedo colado à Chave enquanto ele e Hagrid giravam para longe do Sr. Tonks.Logo depois
Harry sentiu o impacto do chão, e suas mãos apalparam o gramado d’A Toca. Ele ouviu
barulhos. Imaginou ser o vento farfalhando as árvores e os arbustos. Levantando a cabeça
ele viu a Sra. Weasley e Gina correndo em sua direção. Ao seu lado, Hagrid se levantou.
- Harry? Você é o verdadeiro Harry? O que houve? Onde estão ou outros? -
perguntou a Sra. Weasley apreensiva.
- Como assim? Ninguém mais esta de volta? - Harry desesperou-se.
A resposta à pergunta de Harry estava clara pela expressão pálida do rosto da Sra.
Weasley.
- Os Comensais da Morte estavam nos esperando - Harry contou-lhe. – Nós fomos
abordados no momento em que nos separamos – eles sabiam que seria esta noite – Eu não
sei o que aconteceu a nenhum dos outros, quatro deles correram atrás de nós, foi tudo o que
podemos fazer para fugir, e então Voldemort apareceu.
Ele podia perceber o tom de justificativa em sua voz, o necessário para que ela
entendesse o porquê de ele não saber o que acontecera a seus filhos, mas...
- Graças a Deus você está bem. - ela disse, puxando-o para um abraço que ele não
achou que merecia.
- Você não tem conhaque, Molly? -perguntou Hagrid um pouco agitado. - Para
fins medicinais?
Ela podia tê-lo feito através de magia, mas quando se retirou para o interior da
casa torta, Harry sabia que ela desejava esconder seu rosto. Ele se voltou para Gina, e ela
respondeu ao seu pedido de informações silencioso.
- Rony e Tonks deveriam ter voltado primeiro, mas eles perderam sua Chave de
Portal, ela voltou sem eles, - ela disse, apontando uma enferrujada lata de óleo que
repousava sobre o chão ali perto. - E aquele ali, - ela apontou para um tênis velho, - devia
vir junto com papai e Fred, eles deviam ser os segundos. Você e Hagrid eram os terceiros e,
- ela checou o relógio, - se eles tiverem conseguido, Jorge e Lupin estarão de volta em um
minuto.
Sra. Weasley reapareceu carregando uma garrafa de conhaque, o qual ela entregou
a Hagrid. Ele o abriu e o tomou imediatamente.
- Mãe! - gritou Gina, apontando para um local a uma pequena distância.
Uma luz azul apareceu no meio da escuridão. Ela cresceu rapidamente e de repente
Lupin e Jorge apareceram, girando e então caindo.Harry soube imediatamente que algo
estava errado: Lupin estava carregando Jorge, que permanecia inconsciente e tinha a cara
coberta de sangue.
Harry correu para frente e agarrou as pernas de Jorge. Juntos, ele e Lupin
carregaram Jorge para dentro da casa e através da cozinha até a sala, onde o colocaram
sobre o sofá. A lâmpada caiu em cima de Jorge, Gina prendeu a respiração e o estômago de
Harry embrulhou. Faltava uma orelha de Jorge. Aquele lado da cabeça e pescoço estavam
banhados de um sangue escarlate.
Não antes da Sra. Weasley estar agarrada ao filho, Lupin pegou Harry pelo braço e
o arrastou, sem muita gentileza, de volta para a cozinha, onde Hagrid ainda tentava facilitar
o acesso a porta de trás.
- Oi! - disse Hagrid indignado. - Solte ele! Solte o Harry!
Lupin o ignorou.
- Qual criatura estava no canto de minha sala quando Harry Potter a visitou pela
primeira vez em Hogwarts? - ele disse, dando-lhe umas sacudidas. Responda-me!
- U-um Grindylow no tanque, não era?
Lupin soltou Harry e caiu contra um armário na cozinha.
- O que você queria com isso? - berrou Hagrid.
- Me desculpe, Harry, mas eu tinha que conferir. - disse Lupin alarmado. -
Precisamos ter cuidado. Voldemort sabia que você seria transportado hoje e as únicas
pessoas que poderiam ter contado estavam diretamente ligadas ao plano. Você podia ser um
impostor.
- Então por que você não conferiu se eu era eu mesmo? - perguntou Hagrid,
esforçando-se para manter a voz impassível.
- Porque você é meio-gigante. - Disse Lupin, olhando diretamente nos olhos de
Hagrid. - A Poção Polissuco não faria efeito em você, pois só funciona em humanos.
- Ninguém da Ordem diria a Voldemort que eu estaria sendo transportado esta
noite. - disse Harry. A idéia de que alguém da Ordem fosse traidor era desprezível para ele,
ele não acreditaria se soubesse que alguém da Ordem era um Comensal da Morte. -
Voldemort só sabia que era realmente eu, porque ele sabia que eu estaria com o Hagrid.
- Voldemort alcançou vocês? - disse Lupin aterrorizado. - O que houve? Como
você escapou?
Harry explicou rapidamente como os Comensais da Morte o reconheceram como
verdadeiro Harry, como eles abandonaram a perseguição, e depois voltaram com
Voldemort, que apareceu pouco antes de ele e Hagrid chegarem a casa dos pais de Tonks.
- Eles reconheceram você? Mas como? O que você fez?
- Eu... - Harry tentou lembrar. Toda a jornada pareceu um borrão de pânico e
confusão. - Eu vi Lalau Shunpike... você sabe, o cara que era o condutor do Nôitibus? E eu
tentei desarmá-lo ao invés de... Bem, ele não sabia o que ele estava fazendo, sabia? Ele
devia estar sobre efeito da maldição Imperius!
Lupin parecia pasmado
- Harry, a hora de desarmar passou! Essas pessoas estão tentando te capturar e te
matar! Ao menos faça-os ficarem inconscientes se não esta preparado para matar!
- Nós estávamos centenas de pés no ar! Lalau não era ele mesmo, e caso eu o
tivesse feito ficar inconsciente ele teria caído, e teria morrido da mesma maneira que se eu
tivesse usado Avada Kedavra! Expelliiarmus salvou-me de Voldemort dois anos atrás. -
Harry adicionou desafiador, Lupin o estava lembrando o aluno da Lufa-Lufa Zacarias
Smith, o qual estava rindo de Harry por este querer ensinar a AD como desarmar.
- Sim, Harry. - disse Lupin com compostura, - e um grande número de
Comensais da Morte testemunharam aquilo acontecendo! Perdoe-me, mas é uma coisa
muito pouco usual, sobre o caso de morte iminente. Repetir isso hoje na frente dos
Comensais os quais já haviam testemunhado ou ouvido falar sobre a primeira ocasião foi
quase suicídio!
- Então você acha que eu deveria ter matado Lalau Shunpike? - Disse Harry
nervoso.
- Mas é claro que não, - disse Lupin, - mas os Comensais da Morte – ou melhor, a
maioria das pessoas! – esperariam que você atacasse de volta! Expelliarmus é uma magia
muito útil, Harry, porém os Comensais parecem ter em mente que esta é sua marca
registrada, e eu o alertaria para não deixar que isso aconteça.
Lupin estava fazendo com que Harry se sentisse idiota, e ainda havia um grão de
desafio dentro dele. - Eu não vou acabar com pessoas só porque elas ficam no meu
caminho. - Disse Harry. - Esse é o trabalho de Voldemort.
Lupin pareceu perdido por um momento. Finalmente, tomou-se por satisfeito e se
espremeu para passar pela porta entreaberta. Hagrid pegou uma cadeira, desajeitado, e
sentou-se fitando Harry atenciosamente. Não dando atenção à Hagrid, Harry decidiu
colocar Lupin novamente na conversa.
- Jorge ficará bem? - Todas as frustrações e preocupações de Lupin em relação à
Harry pareceram se esvair com a pergunta do garoto.
- Imagino que sim, mas não há como restaurar sua orelha uma vez que foi
arrancada por magia...
Houve barulho lá fora. Lupin saiu pela porta, Harry pulou as pernas de Hagrid e
saiu para o jardim.
Duas figuras haviam aparecido lá, e conforme Harry correu em direção a elas ele
percebeu que eram Hermione, agora voltando a sua aparência normal, e Kingsley ambos
curvados como cabides. Hermione jogou-se nos braços de Harry, mas Kingsley não
mostrou prazer nenhum ao vê-los. Por cima do ombro de Hermione, Harry o viu levantar
sua varinha e apontar diretamente para o peito de Lupin.
- As últimas palavras que Alvo Dumbledore falou para nós dois?
- ‘Harry é a maior esperança que nós temos. Confiem nele.’ – disse Lupin
calmamente.
Kingsley apontou sua varinha rapidamente para Harry, fazendo o garoto se
sobressaltar. Lupin interrompeu. -É ele, eu já conferi!
- Certo, certo. - disse Kingsley enquanto guardava sua varinha no bolso interno de
suas vestes. - Mas alguém nos traiu! Eles sabiam, eles sabiam que seria essa noite!
- É o que parece, - replicou Lupin. - Mas aparentemente eles não sabiam sobre os
sete Harrys...
- Isso não é grande consolo.- retrucou Kingsley. - Quem mais voltou?
- Somente Harry, Hagrid, Jorge e eu.
Hermione tinha um pequeno arranhão nas costas de sua mão.
- O que houve com vocês? - perguntou Lupin se dirigindo à Kingsley.
- Fomos seguidos por cinco, consegui ferir dois deles, e tive de matar um outro, -
respondeu Kingsley, - e nós vimos Você-Sabe-Quêm também, nós o perseguimos, mas ele
conseguiu escapar rapidamente. Remo, ele é capaz de...
- Voar. - completou Harry. - Eu o vi também, ele veio atrás de mim e Hagrid.
- Então foi por isso que ele fugiu, pra te seguir! - exclamou Kingsley. - Eu não
consegui entender porque ele fugiu. O que o fez mudar de direção?
- Harry se comportou um tanto bondosamente com Lalau Shunpike. - disse Lupin.
- Lalau? - repetiu Hermione confusa. - Pensei que ele estivesse preso em Azkaban,
não?
Kingsley soltou uma risada sombria.
- Hermione, é óbvio que houve uma grande fuga de Azkaban, mas o Ministério
abafou.. O capuz de Traver caiu quando amaldiçoei ele, ele parece estar envolvido também.
Mas o que houve com você, Remo? Onde está o Jorge?
- Ele perdeu uma orelha. - respondeu Lupin.
- Perdeu uma...? - disse Hermione com a voz embargada.
- Obra do Snape. - disse Lupine.
- Snape? - engasgou-se Harry. -Não pode ser...
- Ele perdeu sua capa, durante a perseguição. Sectumsempra foi sempre uma
especialidade do Snape. Queria poder dizer que revidei à altura, mas todos meus esforços
voltaram para manter Jorge na vassoura depois que ele foi machucado, ele estava perdendo
muito sangue.
Todos ficaram em um silêncio mútuo, contemplando o céu azul-marinho. Não
havia nenhum movimento, não havia estrelas reluzentes, e a lua nova se escondia por trás
de uma nuvem particularmente grande. Onde estaria Rony? Onde estaria Fred e o Sr.
Weasley? Onde estavam Gui e Fleur? Mundungus, Olho-Tonto e Tonks? Estariam todos
bem?
- Harry, uma ajuda aqui! - Chamou Hagrid da porta onde ele acabou entalando de
novo.
Feliz por fazer algo, Harry largou Hermione, e foi em direção à cozinha e de volta
m à sala de estar onde a Sra. Weasley e Gina ainda continuavam olhando Jorge. A Sra.
Weasley estava limpando o sangue, e pela lâmpada Harry pode ver um buraco onde deveria
estar a orelha de Jorge.
- Como ele está?
A Sra. Weasley olhou em volta e disse - Não posso fazê-la crescer. Não quando foi
removida por Magia Negra... Mas podia ser pior... ele está vivo.
- É ... - Disse Harry. - Graças a Deus.
- Escutei mais alguém no jardim? - Perguntou Gina.
- Hermione e Kingsley.
- Que bom. - Gina murmurou. Eles trocaram olhares, Harry quis abraçá-la, ele nem
se importava que a Sra. Weasley estivesse ali, mas antes que ele seguisse impulso houve
um grande ‘crack’ na cozinha.
- Eu provarei que sou verdadeiro, Kingsley, depois de ver meu filho, agora saia da
minha frente se você souber o que é realmente bom pra você!
Harry nunca escutou o Sr. Weasley falar daquele jeito. Ele entrou na sala de estar,
sua cabeça quase careca misturando-se com suor. Fred estava logo atrás dele, ambos
pálidos mas sem machucados.
- Arthur! - exclamou a Sra. Weasley. - Graças a Deus.
- Como ele está?
O Sr. Weasley ficou de joelhos ao lado de Jorge. Pela primeira vez desde que
conhecera Fred, o ruivo parecia sem palavras. Ele assustou-se atrás do sofá olhando o
estado do gêmeo, como se não quisesse acreditar no que estava vendo. Talvez pelo som da
chegada de Fred e Sr. Weasley. Jorge soltou um muxoxo.
- Jorge, como se sente? - Murmurou Sra. Weasley.
Os dedos de Jorge pararam num lado da cabeça. - Como um anjo.
- Qual o problema dele? - Perguntou Fred parecendo horrorizado. - Perdeu o
juízo?O cérebro foi afetado?
- Um anjo. - Repetiu Jorge abrindo os olhos e olhando para seu irmão. - Veja bem,
sou ‘sangrado’. Santo, Fred. Entendeu?
A Sra. Weasley soluçou mais do que nunca. A cor pareceu voltar ao rosto pálido
de Fred.
- Patético - ele disse para Jorge. - Patético! Com o mundo todo preocupado com a
maldita orelha, você diz ‘sangrado’?
- Ah bem - disse Jorge limpando a lagrima da mãe. - Você agora vai poder nos
diferenciar mãe.
Ele olhou em volta.
- Oi Harry. Você é Harry, certo?
- Sim, sou. - respondeu Harry chegando perto do sofá.
- Bem, pelo menos nós conseguimos trazer você à salvo. - Disse Jorge. – Por que
Rony e Gui não estão em volta da minha cama?
- Eles ainda não voltaram, Jorge. - Respondeu a Sra. Weasley. Harry olhou para
Gina e mencionou para ela o seguir até lá fora. Enquanto caminhava pela cozinha ela falou
em voz baixa.
- Rony e Tonks devem voltar daqui a pouco. Eles não tiveram uma viagem longa,
Tia Muriel não é muito longe daqui.
Harry não disse nada. Ele vinha tentando afastar seu medo desde que chegou à
Toca, mas agora parecia completamente dominado por ele, dentro da sua pele,
incomodando a garganta e machucando o peito. Enquanto caminhavam pelo jardim, Gina
pegou sua mão.
Kingsley caminhava de um lado para o outro, olhando para o céu toda vez que se
virava. Harry lembrou-se do Tio Válter passando pela sala de estar há milhões de anos
atrás. Hagrid, Hermione e Lupin estavam em pé ombro a ombro, observando em silêncio.
Ninguém olhou em volta quando Harry e Gina se juntaram ao silêncio dos três.
Os minutos passaram como se fossem anos. A brisa mais delicada os fez
sobressaltarem e virarem em direção ao vento ou a alguma árvore com a esperança de que
algum membro da Ordem pudessem aparecer entre as folhas. E então uma vassoura se
materializou diretamente sobre eles e foram em direção ao chão.
- São eles! - Gritou Hermione.
Tonks aterrissou no chão, jogando terra pra todos os lados.
- Remo! - Gritou ela, enquanto largava a vassoura e se jogava nos braços de Lupin.
O rosto de Lupin estava branco. Parecia ser incapaz de falar. Rony caminhava em direção a
Harry e Hermione.
- Você esta bem. - Ele disse, antes de Hermione abraçá-lo com força.
- Pensei que—pensei que—
- Estou bem. - Disse Rony dando um tapinha de leve nas costas de Hermione. -
Estou ótimo.
- Rony foi muito bem. - Disse Tonks amável ainda abraçada em Lupin. - Uma
maravilha. Acertou um comensal bem na cabeça e quando você está diretamente sob ataque
em cima de uma vassoura...
- Mesmo? - Perguntou Hermione mirando Rony, ainda com seus braços em volta
do pescoço do ruivo.
- Sempre o tom de surpresa - ele disse irritado, se soltando do abraço – Somos os
últimos a voltar?
- Não. - disse Gina. - Gui e Fleur, Olho Tonto e Mundungo ainda não voltaram. Eu
vou avisar o papai e a mamãe que você está bem, Rony...
Ela correu para dentro da casa.
- O que aconteceu? - perguntou Lupin parecendo irritado com Tonks.
- Belatriz - disse Tonks. - Ela me queria tanto quanto quer Harry. Ela tentou me
matar. Eu apenas desejei tê-la... Mas nós definitivamente ferimos Rodolfo. Então nós
fomos para a casa da tia de Rony, Muriel, e como perdemos nossa chave de Portal ela nos
emprestou uma.
Um músculo saltou na face de Lupin. Ele notou, mas estava incapaz de dizer
qualquer coisa.
- Então, o que aconteceu com você? – perguntou Tonks, virando-se para Harry,
Hermione, e Kingsley.
Eles recontaram suas estórias, mas continuaram com a sensação de preocupação
com Gui, Fleur, Olho-Tonto, e Mundungo.
- Eu vou voltar até Downing Street, eu deveria estar lá há uma hora. – disse
finalmente Kingsley, após dar uma olhada para o céu. – Me avisem quando eles voltarem.
Lupin concordou. Com um aceno para os outros, Kingsley saiu pelo portão. Harry
pensou ter ouvido o ‘pop’ quando Kingsley desaparatou além das fronteiras d’A Toca..
O Sr. e a Sra. Weasley vieram correndo, com Gina logo atrás. Todos abraçaram
Rony antes de se virarem para Lupin e Tonks.
- Obrigado. – Disse o Sr. Weasley. – Por nossos filhos.
- Não seja boba, Molly. – Disse Tonks.
- Como está Jorge? – Perguntou Lupin.
- O que há de errado com ele? – Perguntou Rony.
- Ele perdeu—
Mas a frase da Sra. Weasley foi interrompida por uma estalo. Um Testrálio
acabara de pousar há alguns metros dali. Gui e Fleur desceram, cansados, mas sem
ferimentos.
- Gui! Graças a Deus, Graças a Deus!
A Sra. Weasley correu para lhe dar um abraço. Olhando direto para seu pai, Gui
disse:
- Olho Tonto está morto.
Ninguém falou nada. Ninguém se moveu. Harry sentiu que alguma coisa atrás
estava caindo, caindo através da terra, o deixando para sempre.
- Nós o vimos. - disse Gui, Fleur assentiu, com o reflexo das luzes da cozinha
iluminando seu rosto marcado por lágrimas. Aconteceu depois que nós quebramos o
círculo, Olho-Tonto e Dungo estavam perto da gente, eles estavam indo para a direção
norte também. Dungo apavorou-se. Eu o ouvi chorando, Olho-Tonto tentou pará-lo, mas ele
desapareceu. Não havia nada que pudéssemos fazer. Nós estávamos em meia dúzia... - A
voz de Gui falhou.
- Claro que vocês não podiam ter feito nada - disse Lupin.
Eles se levantaram olhando um ao outro. Harry não conseguia
compreender...Olho-Tonto morto; não podia ser....Olho-Tonto, tão resistente, tão bravo,
tinha sobrevivido...
Por último teve a impressão de todos compreenderam, embora ninguém dissesse
isso, não havia mais o que esperar. Em silêncio, eles seguiram Sr. e Sra. Weasley para
dentro da Toca, e para a sala de estar, onde Fred e Jorge estavam rindo juntos.
- O que está errado? - perguntou Jorge varrendo o riso de suas faces – O que
aconteceu? Quem está...
- Olho Tonto - disse o Sr. Weasley - Morto!
Os gêmeos ficaram em choque. Ninguém sabia o que fazer. Tonks estava chorando
silenciosamente. Ela tinha estado perto de Olho-Tonto. Harry sabia, ela era a favorita dele e
sua protegida no Ministério da Magia. Hagrid que tinha sentado no chão num canto onde
havia mais espaço, estava limpando os olhos com um lenço feito sob medida que mais
parecia uma toalha de mesa. Gui rodeou a mesa e pegou uma garrafa de Whisky com
alguns copos.
- Aqui. - disse ele entregando doze copos cheios para cada um deles, elevando o
décimo terceiro ao alto - Ao Olho-Tonto!
- Ao Olho Tonto! - eles disseram e beberam.
- Ao Olho-Tonto. - ecoou Hagrid, um pouco tarde, com um soluço.
O whisky de fogo queimou a garganta de Harry. Pareceu queimar por dentro,
amenizando o clima e dando uma sensação de irrealidade, queimando-o como se sentisse
coragem.
- Então Mundungo desapareceu? - disse Lupin, quem tinha esvaziado o copo para
pegar outro.
A atmosfera mudou pela primeira vez. Todos olharam tensos, observando Lupin,
esperando que ele fosse adiante, pareceu a Harry, e todos ligeiramente com medo do que
pudessem ouvir.
- Eu sei o que você está pensando - disse Gui. - E eu quero saber também, de
alguma maneira eles parecem estar esperando por nós, não estão? Mas Mundungo não
abandonou a gente. Eles não saberiam que nós éramos Sete Harrys, o que os confundiu
quando nós nos separamos, e no, caso de se esquecerem, foi Mundungo quem sugeriu o
truque. Por que ele não contaria o ponto principal? Eu acho que Dungo entrou em pânico, é
tão simples. Ele não queria vir em primeiro lugar, mas Olho-Tonto o fez vir, e Você-Sabe-
Quem estava no encalço deles. É o suficiente para fazer as pessoas entrarem em pânico.
- Você-Sabe-Quem atuou exatamente como Olho Tonto esperava – guinchou
Tonks. - Ele sempre disse que Você-Sabe-Quem esperaria que ele estivesse com o Harry
verdadeiro. O membro mais resistente, o mais hábil dos Aurores. Ele perseguiu Olho-Tonto
primeiro, e quando Mundungo desistiu, ele partiu para Kingsley ...
- Sim, e eles estavam todos muito bem. - cortou Fleur, - mas isso ainda não explica
como eles sabiam que nós estávamos mudando o Harry hoje à noite, explica? Alguém deve
ter se descuidado. Alguém deixou escapar a data para alguém de fora. É a única explicação
para eles saberem sobre a data, mas não sobre o plano inteiro.
Ela brilhou em volta deles todos, mesmo com os cortes, seu rosto ainda estava
bonito, silenciosamente ninguém ousou contradizê-la. O único som que quebrou o silêncio
foi o soluço de Hagrid atrás de seu lenço. Harry olhou de relance para Hagrid, que tinha se
arriscado para salvar a vida de Harry - Hagrid que o amava – em quem ele confiava, que
uma vez tinha dado a Voldemort uma informação crucial em troca de um ovo de dragão...
- Não. - disse Harry alto e todos olharam para ele, surpresos. O whisky de fogo
parecia ter ampliado a sua voz. - Eu quero dizer... Se alguém cometeu um erro e deixou
alguma coisa escapar, eu sei que se eles não deixaram escapar porque queriam. Não foi de
propósito. - Harry repetiu mais ruidosamente tanto quanto ele deveria ter falado. - Nós
temos que confiar uns nos outros. Eu confiei em todos vocês, e eu não acho que alguém
nesta sala queria me entregar ao Voldemort.
Mais silêncio seguiu suas palavras. Eles estavam olhando para ele, Harry sentiu
um pequeno calor novamente, e bebeu mais um pouco para fazer efeito. Enquanto bebia,
ele pensou em Olho-Tonto. Olho-Tonto teria dispensado a voluntariedade de Dumbledore
para confiar nas pessoas.
- Muito bem, Harry! - disse Fred inesperadamente.
- É apoiado, apoiado! *. - disse Jorge olhando rápido para Fred, cujo canto da boca
contraiu-se.
Lupin estava ouvindo com uma expressão estranha quando ele olhou para Harry.
Estava perto de sentir pena.
- Você acha que eu sou um tolo? - exigiu Harry.
- Não, eu acho que você se parece com o Tiago - disse Lupin. - Eu teria esperado a
mesma atitude dele, ele teria a mesma confiança em seus amigos.
Harry sabia que Lupin estava se referindo a quando seu pai tinha sido traído por
um amigo, Pedro Pettigrew. Ele se sentiu irritado. Ele queria discutir, mas Lupin tinha se
afastado dele, e sentou-se com seu copo do outro lado da mesa, e tinha se dirigido à Gui. -
Existe trabalho a fazer. Eu posso perguntar ao Kingsley se...
- Não! Eu farei, eu irei! - disse Gui uma vez.
- O corpo de Olho-Tonto, nós precisamos recolhê-lo! - disse Lupin.
- Não podemos—? - começou o Sr. Weasley apelando para Gui.
- Esperar? - disse Gui. – Não, a não ser que você prefira que os Comensais peguem
primeiro?
Ninguém falou, Lupin e Gui disseram adeus e saíram.
O resto deles deixaram-se cair nas cadeiras, exceto Harry que já tinha levantado.
De repente a morte era uma presença iminente. - Eu tenho que ir também. - disse Harry.
Dez pares de olhos viraram para ele.
- Não seja teimoso, Harry. - disse a Sra. Weasley. - Sobre o que nós estávamos
falando?
- Eu não posso ficar aqui. - Ele esfregou a cicatriz, estava ardendo de novo, como
acontecera no ano anterior. - Vocês estão em perigo enquanto eu estiver aqui. Eu não
quero...
- NÃO SEJA TOLO! - disse a Sra. Weasley. – O objetivo hoje era trazê-lo em
segurança para cá, e graças a Deus funcionou. E a Fleur concordou em fazer o casamento
aqui, melhor do que na França. Nós arranjamos tudo, então nós podemos ficar juntos e
cuidar de você—
Ela não entendia, ela estava fazendo ele se sentir pior, não melhor.
-Se Voldemort descobrir que estou aqui...
- Existem dezenas de lugares que você poderia estar agora, Harry! - disse a Sra.
Weasley. - Não existe jeito de saber qual casa você está.
- Eu não estou preocupado comigo, estou preocupado com vocês. – disse Harry.
- Nós sabemos. - disse a Sra. Weasley inquieta. - Mas se você o fizer teremos que
nos arriscar igual essa noite.
- Ele não vai a lugar algum. - rosnou Hagrid. -Depois de tudo o que fizemos você
quer sair daqui?
- É , e a minha orelha sangrando? - disse Jorge.
- Eu sei que...
- Olho Tonto não iria querer...
- EU SEI! - berrou Harry.
Ele se sentiu importunado e marcado: Eles pensavam que ele não sabia o que
tinham feito por ele, não entendem que essa era precisamente a razão que dele querer ir
agora, antes que eles sofram mais do que ele tinha sofrido? Havia um silêncio inábil, na
qual a sua cicatriz continuou a arder, como da última vez que foi quebrado pela Sra.
Weasley.
- Onde está Edwiges, Harry? - ela perguntou - Nós podemos colocá-la com
Pichitinho e damos a elas o que comer.
Ele não poderia contar a ela a verdade. Ele tinha bebido o resto do Whisky de
Fogo para evitar responder a essas perguntas.
- Espere até sair que você fez de novo, Harry, - disse Hagrid. - Fugiu dele, lutou
com ele quando estava bem na sua frente!
- Não fui eu. - disse Harry rapidamente. - Foi minha varinha. Minha varinha agiu
por contra própria!
Depois de alguns minutos, Hermione disse gentilmente. - Mas isso é impossível,
Harry. Você quer dizer que você fez mágica sem ela. Você deve tê-la alcançado
instintivamente.
- Não. - disse Harry. - A moto estava caindo. Eu deveria ter contado a você onde
Voldemort estava, mas minha varinha girou na minha mão, encontrou ele e disparou por
um momento, e na mesma hora eu reconheci. Eu nunca fiz aparecerem chamas douradas
antes.
- Frequentemente. - disse o Sr. Weasley. - Quando você exerce pressão sob a
situação você pode produzir feitiços que nunca sonhou. Algumas crianças o fazem
frequentemente, mesmo antes de serem treinadas...
- Mas não foi algo assim - disse Harry gritando através dos dentes. A cicatriz dele
estava queimando. Ele estava furioso e frustrado: odiava a idéia de que eles estavam
imaginando que Harry pudesse ter poderes iguais aos que Voldemort tem.
Ninguém disse nada. Ele sabia que ninguém acreditava nele. Agora ele vinha
pensando nisso, ele nunca tinha ouvido falar de varinha que produzia feitiços por conta
própria.
A cicatriz dele continuava ardendo, ele não poderia gemer alto. Deu a desculpa
que queria tomar ar fresco e deixou a sala.
Quando ele cruzou o jardim escuro, o grande Testrálio esquelético fechou as asas
de morcego e recomeçou a pastar, Harry parou na porta olhando fixamente para fora
olhando o jardim excessivamente grande, ele esfregou sua cicatriz pensando em
Dumbledore.
Dumbledore acreditaria nele, ele sabia disso. Dumbledore teria dito como e porquê
a varinha de Harry tinha agido independentemente, porque Dumbledore sempre tinha as
respostas, ele sabia tudo sobre varinhas, tinha explicado a Harry a grande conexão existente
entre a varinha dele e de Voldemort... Mas Dumbledore, como Olho-Tonto, Sirius Black,
como pais dele, como sua coruja, todos tinham ido para onde Harry nunca poderia falar
com eles novamente. Ele sentia a garganta doer e não tinha nada a ver com Whisky de
Fogo.
Então, do nada, a dor da cicatriz dele piorou, embrenhado na cicatriz, ele fechou os
olhos, escutando uma voz em sua cabeça.
- Você me contou que o problema seria resolvido usando outras varinhas!
E teve uma visão na mente de um velho homem mentindo, gritando, terrível,
prolongado pelos gritos, um grito de agonia...
- Não, não, eu imploro a você, não...
- Você mentiu para Voldemort, Olivaras!
- Eu não... Eu juro que não...
- Você procurou ajudar o Potter, ajudou-o a escapar!
- Eu juro que não... Eu sei a diferença de uma varinha quando deveria funcionar!
- Explique, então o que aconteceu. A varinha de Lúcio está destruída!
- Eu não entendo... A conexão... Existe apenas... Entre suas duas varinhas...
- Mentira.
- Por favor, eu imploro...
E Harry viu a mão branca aumentando para pegar a varinha e sentiu Voldemort
arder de raiva, viu a frágil mão do homem no chão, contorcia em agonia...
- Harry?
Acabou tão rapidamente quanto veio. Harry levantou na escuridão, o seu coração
disparado, a cicatriz ainda doía. Estava vendo difíceis momentos antes de Rony e Hermione
aparecerem.
- Harry, volte para dentro da casa. - Hermione chamou. - Você não está pensando
em nos deixar, não é?
- Você tem que ficar aqui. - disse Rony batendo em suas costas.
- Tá tudo bem? - perguntou Hermione, perto o suficiente olhando para a face de
Harry. - Você parece terrível!
- Bem, - disse Harry - eu provavelmente pareço melhor do que Olivaras...
Quando ele terminou de contar o que tinha visto, Rony olhou normal, mas
Hermione parecia assustada.
- Mas isso tinha que ter parado! Sua cicatriz - não devia estar fazendo isso mais.
Você não deve fazer conexão com ele de novo - Dumbledore queria que você fechasse sua
mente!
Enquanto ele não tinha resposta, ela prendeu o abraço dele.
- Harry, ele está tomando o Ministério e os jornais e metade do Mundo Bruxo!
Não deixe que ele invada sua cabeça também!
domingo, 10 de outubro de 2010
In Memóriam (capítulo dois)
Harry sangrava, segurando a mão direita com a esquerda, e xingandobaixinhoele empurou a porta do quarto com o ombro. Ouviu um barulho de porcelana quebrando, quebrara um xícara de chá frio alguém deixara do lado de fora, à porta do quarto.
- Que m...
Ele olhou para os lados; o corredor da rua dos alfeneiros n.4 estava deserto. A xícara de chá era, possívelmente, a idéia de armadilha inteligente imaginada por Duda. Harry msanteve a mão ensaguentada no alto, juntos os cacos da xícara com a outra mãoe atirou-os na cestaabarrotada de lixo que entreviu pela porta de seu quarto depois camin hou pesadamente até o banheiro para por o dedo sob a água da torneira.
Era uma idiotice sem sentido e incrivelmente irritante que ainda lhe faltassem quatro disa para poder realizar feitiços...mas tinha de admitir que esse deio corte no dedo o derrotaria. Nunca aprende a curar ferimentose, agora que lhe acorria pensar nisso - particilamente àluz dos seus planos imediato-, parecia-lhe séria lacuna em sua educação bruxa. Anotando mentalmente para perguntar a Hermione como se fazia, ele usou um grande chumaço de papel hoigiênico para secar o melhor que pode do chá derramado, antes de voltar para o quarto e bater a porta.
Harry gastara a manhã inteira esvaziando seu malão de viagem pela primeira vez desde que o arrumara havia seis anos. Nos primeiros anos de escola ele simplementelimpara uns três quartos do seu conteúdo e os repusera ou atualizara, deixando no fundo uma camada de lixo - penas usadas, oleos secos de besouro, meias sem par que não lhe serviam mais. Minutos antes, Harry metera a mão nesse entulho, sentira uma dor lacinante no quarto dedo da mão direitae, ao puxá-la, viu que estava coberta de sangue.
Continuou então um pouco mais cauteloso. Tornado a se ajoelhar ao lado do malão, apalpou o fundo, retirou um velho broche que brilhava fracamente, ora Apóia CEDRICO DIGGORY ora POTTER FEDE, um bisbilhocópiuo rachado e gasto e um medalhão de ouro contendo um bilhete assinado por R.A.B. e finalmente descobriu o gume afiado que o ferira. Reconheceu-o sem hesitação. Era um caco de cinco centimetros do espelho encantado que Sirius, seu falecido padrinho tinha lhe dado. Harry segurou a apalpou o malão à procura do resto, mas nada mais restar do último presento do parinho exceto o vidro moído, agora grudado, naúlima camada de destr´ços, com o purpurina.
Harry sentou e examinou o caco pontiagudo em que se cortara, mas não viu nada além do reflexo do seu brilhante olho verde. Colocou, então, o fragimento sobre o profeta diário daquela manhã, que contiava que continuava intocado em cima de sua cama, e tentou estancar o rtepentino fluxo de amargas lembranças, as pontadas de remorse e saudade que a descoberta do espelho partido tinha lhe ocasionado, ao atacar o resto do lixo no malão.
Levou mais uma hora para esvazialo completamente, jogar fora os objetos inúteis e separar pos de mais em pilhas , de acordo com a s suas futuras necessidades. Suas vestes de escola e de quadribol, caldeirão, pergaminho, penas e amaoior parte dos livros de estudo foram empilhados a um canto para serem deixados em casa. Ficouimaginando o que os tios fariam com aquilo; provalvemente queimariam tudo na calada da noite, como se fossem provas de algum crime ediondo. Suas roupas de trouxa, Capa de Invisibilidade, estojopara o preparo de porções,certos livros, o álbum de fotos que Hagrid um dia lhe dera, um maço de cartas e sua varinha foram rearrumados em uma velha movhila. No bolso frontal, guardou o mapa do maroto e o medalhão com o bilhete assinado por R.A.B. sob qualquer ângulo normal, era impretável -, mas pelo que lhe custara obtê-lo.
Restou uma avantajada pilha de jornais sobre sua escrivaninha, ao lado da alvíssima coruja Edwiges: um exemplar para cada um dos dias desse verão que Harry passara na rua dos Alfeneiros.
Levantou-se, então, do chão, espreguiçou-se e se dirigiu à escrivaninha. Edwiges não fez movimento quando ele começou a folhear os jornais e atirar um a um na montanha de lixo acumulado; a coruja cochilava, ou fingia cochilar; esava zangada com Harry por causa do pouco tempo que, no momento, ele a deixava fora da gaiola,
Quase no fim da pilha de jornais, Harry desacelerou à procura de uma certa edição que elrsabia ter chegado logo depois de seu regrosso á rua dos Alfeneiros, para passar o verão; lembrava-se de que havia uma pequena nota na primeira página sobre o pedido de demissão de Caridade Burdage, a professora de estudos dos troxas em Hogwaartd finalmente encontrou-a. Abrindo-a à pagina dez, sentou-se à cadeira de escrivaninha e releu o artigo que estivera procurando.
EM MEMÓRIA DE ALVO DUMBLEDORE
Elifas Doge
Conheci Alvo Dumbledore aos onze anos de idade, em nosso primeiro dia em Hogwarts. Sem dúvida o nosso interesse mútuo se deu ao fato de ambos nos sentimos deslocados. Eu contraíra varíola de dragão pouco antes de chegar À escola,e,e embora não oferecesse mais contágio, o meu rosto marcado e verdosa não anim,ava ningém a se aproximar de mim. Por sua vez, Alvo chegara, carregando o peso de uma indesejável notoridade. Menos de um ano antes, seu pai, Percival, fora condenado por um ataque selvagem, e amplamentecomentado, a três rapazes trouxas.
Alvo jamais tentou negar que o pai (que morreriaem Askaban) cometera o crime; muito ao contrário, quando reuni coragem para lhe perguntar, ele me confirmou que sabia que o pai era culpado. E se recusava a acrescentar o que o que fosse sobre o triste casao, embora muitos tentassem faze-lo falar. Aguns até dispunham a elogiar a atitude do pai, presumindo que Alvo também odiasse trouxas. Não pçoderiam estar mais enganados: todos que conheceram Alvo atestariam que ele jamais revelou a mais remota tendência antitrouxa. Na realidade, sei decisiivo apoio aos direitos dessa comunidade conquistou-lhe muitos inimigos nos que se seguiram.
Em questão de meses, no entanto afama pessoal de Alvo começou a eclipsar a do pai. Ao terminaro primeiro ano em Hogwarts, deivara de ser conhecido como o filho do homem que odiava trouxaa, e ganhou a reputação de ser o aluno mais brilhante que que a escola já vira. Aqueles que tinham o privilégio de ser seus amigos se beneficiavam do seu exemplo, além da ajuda e estímulo, que sempre distribuirs com generosidade. Mais adiante na vida, ele me confessaria que já naquela época sabia que o seu maior prazer era ensinar.
Alvo não só ganhou todos os prêmios importantas que a escola oferecia, bem como não tardou a se corresponder regurlamente com as personalidades mais notáveis do mundo da magia contmporânea, inclusive Nicolau Flameu, o famoso alquimista, Baltida Bagshot, a renomada historiadora, e o teórico da magia Adalberto Waffling. Varios dos seus artigos foram acolhidos por publicações cultas como a transfiguração hoje, desafios no encantamentos, O preparador de Porçoes. A carreira futura de Dumbledore provalvemente seria meteórica, e a única dúvida era se chegaria a ministro da magia.Embora futuramente se previsse com frequência que ele estava às vesperas de assumir o cargo, Dumbledore nunca teve ambições ministeriais
Três anos depois de comercamos a estudar em hogwarts, seu irmão chegou à escola. Não se pareciam ; Alberfoth nunca foi dado a literaturas e, ao contrário de Alvo, preferia resolver suas diferenças com duelos em vez de discuti-los racionalmente. É porem, um engano insinuar como alguns têm feito, que os irmãos não fossem amigos. Davamse tão bem quanto dois garotos, assim diferentes, poderiam se dar. E para fazer justiça a Aberfoth, deve-se admitir que viver à sombra de Alvo não pode ter sido uma experiência muito confortável. Ser continuamente ofuscado era um risco ocupacional que aacompanhava seus amigos e não pode ter sido mais prazeroso para um irmão.
Quando Alvo e eu concluímos os estudos em hogwarts, pretendiamos fazer juntos a viagem para o mundo, então tradicinal para visitar e observar os bruxos estrangeiros, antes de seguir cada qual a sua carreira. Interveio, porém a tragédia. Na vespera de nossa viagem, Mãe de Alvo, Kendra, faleceu, legando ao filho mais velho a tarefa de chefiar e sustentar sozinho a familia. Adiei a minha partida suficiente para prestar as últimas homenagens a Kendra, então iniciei, solitário. Com um irmão e uma irmã mais jovens para cuidar e pouco dinheiro herdado, já não havia possibilidade de Alvo me acompanhar.
Aquele foi o periodo de nossas vidas em que mantivemos menos contato. Ecrevi a Alvo, narrandop, talvez insensivelmente, as maravilhas da minha viagem, desde o episódio em que scapei por um triz de quimeras na Grécia até as minhas experiências com alquimista egípcios. As cartas dele me contavam alguma coisa de sua vida diaria, que parecia ser monotoma e frustante para um bruxo tão genial. Absorto em minhas própias experiências, foi com horror que soube, quase no fim do ano de viagens, que outra tragédia se abatera sobre a familia: a morte de sua irmã Ariana.
Embora a irmã não gozasse de boa saúde havia tempo, o golpe tão próximo à morte da mãe afetou pruofundamente os dois irmãos. Todos os que eram mais chegados a Alvo- e incluo-me entre esses felizardos - concordam que a morte de Arianae o sentimento de responsabilidade do irmão poe esse desfecho (ainda que ele não fosse culpado) marcaram-no para sempre.
Quando regressei, encontrei um rapaz que passara por sofrimentos de um homem mais velho. Alvo tornou-se mais reservado do que antes e muito menos alegre. Para aumentar sua infelicidade, a morte de Ariana não conduzira a uma aproximação maior entre Alvo e Aberfoth, mas a um afastamento. (Com o tempo isso se resolveria - nos últimos anos eles restabeleceram se não uma relação íntima, ao menos cordial) Desde então, por[ém, ele raramente falava dos pais ou de Ariana, e seus amigos aprenderam a não mencioná-los.
Outros escritores descreverão os triunfos dos anos seguintes. As inúmeras contribuições de Dumbledore ao acervo de conhecimentos sobre magia, inclusive a descoberta dos doze usos para o sangue de dragão, beneficiarão as futuras gerações, do mesmo modo que a sabedoria que demonstrou nos muitos julgamentos que ralizou durante o mandadto de presidente da suprema corte dos bruxos. Dizem, ainda hoje, que nehum duelo de magia jamais se igualou ao que foi travdo entre Dumbledore e Grindelwalrd, aqueles dois bruxos extraordinarios combaterem. A vitória de Dumbledore e saus consequências para o mundo bruxo são considerados um marco na história da magia, comparável à introdução do Estatuto Internacional de Sigilo em Magia ou à queda d'Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado.
Alvo Dumbledore jamais demostrava orgulho ou vaidade; sempre encontrava o que elogiar em qualquer pessoa, por mais insiguinificante opu miserável que fosse, e acredito que as perdas que sofreu na juventude o dotaram de grandehumanidado e solidariedade. Sentirei saudades de sua amizade mais do que poderia reconhecer, mas a a minha perda é desprezível se a compararmos à do mundo dos bruxos. É indiscutível, que le foi o mais inspirador e o mais querido diretor de hogwart. Ele morreu como viveu: sempre trabalhando para o bem maiore, até a sua hora final, tão disposto a estender a mão ao garotinho com variola de dragão quanto no dia em que o conheci.
Harry terminou a leitura, mas continuou a comtemplar a foto que acompanhava o obituaria. Dumbledore exibia o seu conhecido sorriso bondoso, mas , ao olhar por cima dos oclinhos de meia-lia, dava a impressão, mesmo em jornal, de ver o íntimo de Harry, cuja tristeza mesclou-se com uma sensação de humilhação.
Tinha achado que conhecia Dumbledore muito bem, mas depois da leitura do obituário, fora forçado a admitir que pouco sabia dele. Jamais imaginara uma única vez a infância ou a juventude do mestre; era como se ele tivesse ganhado existência quando Harry o conhecera, venerável, de barbas e cabelos prateados,e idoso. A idéia de um Dumbledore adolescente era simplesmente esquisita, o mesmo que imaginar uma Hermione burra ou um explosivim amigável.
Nunca pensara em indagar a Dumbledore sobre o seu passado. Sem duvida, teria sido constarngedor, e até impertinente, mas era de conhecimento geral que Dumbledore travara um lendário duelo
com Grindelwald, e Harry nem sequer pensara em perguntar ao mestre como fora esse e outros feitos famosos. Não, eles sempre discutiam Harry, o passado de Harry, o futiro de Harry, os planos de Harry... e a imprassão de Harryagora, apeasar de seu futuro tão perigoso e incerto, era que perdera insubstituiveis oportunidades de perguntar mais a Dumbledore sobre ele mesmo, embora a única pergunta pessoal que fisera ao mestre tenha sido, também, a única que desconfiava, Dumbledore não respondera com sinceridade:
- O que é que o senhor vê quando lha no espelho?
- Eu? Eu me vejo segurando um par de grossas meias de lã.
Após alguns min utos de reflexição, Harry retirou o obtuário do profeta, do brou a folha cuidadosamente e guardou-a no primeiro volume de Prática da magia defensiva e seu usocontra as artes das trevas. Em seguidad atirou o resto do jornal no monte de lixo e virou-se para encarar o quarto. Estava muito mais arrumado.As unicas coisas fora de lugar era a edição do dia do profeta diário,ainda sobre a cama e em cima dela,um caco de vidro.
Harry atravessou o quarto,empurrou o caco para o lado e abriu o jornal.Tinha apenas corrido os olhos pela manchete ao tirar o exemplar enrolado das garras da coruja entregadora,mais cedo naquela manhã,abandonando-o em seguida ao reparar que nada havia sobre Valdemort.Harry tinha certeza de que o ministério contava que o profeta omitisse as notícias sobre o bruxo das trevas.Foi somente neste momento,portanto,que reparou no que deixara escapar.
Na metade inferior da primeira página,havia uma manchete no alto de uma foto de Dumbledore caminhando com um ar preocupado:Dumbledore-em fim a verdade!
na proxima semana,a chocante verdade sobre o genio imperfeito que muitos consideram o maior bruxo de sua geração.
desfazendo a imagem popular de serena e venerável sabedoria,Rita Skeeter revela a infancia pertubada,a juventude rebelde,as rixas internináveis e os segredos vergonhosos que Dumbledore levou para o túmulo por que o homem indicado para ministro da magia se contentou com um simples cargo de diretor de escola!Qual era a real finalidade da organixação secreta conhecida como Ordem da Fênix!Como Dumbledore realmente encontrou a morte!
A resposta a essas perguntas e muitas outras são examinadas em uma nova e explosiva biografia A vida e as mentiras de Alvo Dumbledore,de autoria de Rita Skeeter,entrevistada com exclusividade por Betty Braithwaite,na pagina treze deste numero
Harry rasgou a cinta do jornal e abriu-o a pagina treze.O artigo estava encimado pela foto de outro rosto conhecido:uma mulher com oculos enfeitados com pedrinhas,cabelos louros bem ondulados,os dentes amostra no que,sem dúvida,se supunha ser um sorriso cativante,agitando os dedos para ele.Fazendo i possivel para ignorar a imagem nauseante,Harry leu.
Rita Skeeter é muito mais simpatica e sensível em pessoa do que os seus ja famosos e ferozes retratos a bico-de-pena poderiam sugerir.Recebendome a entrada de sua casa aconchegante,ela me conduz diretamente a cozinha para uma xírcara de chá,uma fatia de bolo ingles e,nem é preciso dizer, uma caldeirão fumegando com fofocas frescas.
"Naturalmente,Dumbledore é o sonho de qualquer biógrafo",diz Skeeter,"com sua vida longa e plena.Tenho certeza que o meu livro sera o primeiro de muitos outros."
Sketeer certamente agiu com rapides.Seu livro de novecentas paginas foi concluído apenas quatro semanas após a misteriosa morte de Dumbledore,em junho. Pergunto-lhe como conseguiu esse feito de velocidade.
"Ah, quando se é jornalista de longa, data trabalhar com przos curtos é uma segunda natureza. Eu sabia que o mundo dos bruxos exigia uma história completa e queria ser a primeira a satisfazer essa demanda."
Menciono os comentários recente e amplamente divulgados de Elifas Doge, conselheiro especial da Suprema Corte dos Bruxos, o Wizengamot, e amigo de longa data de Alvo Dumbledore, de que " o livro da Skeeter contém menos fatos do que um cartão de sapos de chocolate".
Skeeter jaga a cabeça para tráz dando gargalhada.
" Querido Doguinho! Lembro-me de tê-lo entrevistado há alguns anos sobre os direitos dos serianos, que deus o abençoe. Completamente gagá, parecia achar que estávamos sentados no fundo do lago Windermere, e não parava de recomendar que eu tivesse cuidao com as trutas."
Contudo, as acusações de impresisão feitas por Elifas Doge encontraram eco em muito lugares. Será que Seeter julga que quatro breves semanas foram suficientes para captar um retrato de corpo inteiro da longa e extraordinária vida de Dumbledore?
"A minha cara", reponde ela, abrindo um largo sorrisoe me dando um tapinha afetuoso na mão, "você conhece tão bem quanto eu a quantidade de irformações que pode gerar uma bolsa cheia de galeões, uma recusa em acitar um "não" é uma pena de repetição-rápida! As pessoas fizeram fila para despejar as sujeiras de Dumbledore. Nem todas achavam que ele fosse tão maravilhoso assim, sabe- ele pisou umbom nnúmero de calos de gente importante. Mas o velho Doguinho esquivo pode descer do seu hipógrifo, porque tive acesso a uma fonte que faria jornalistas negociarem as própias varinhas para obter,alguém que hjamais fez declarações públicas e que foi intíma de Dumbledore durante a fase mais turbulenta e pertubada de Dumbledore de sua juventude."
A publicidade que atentecede o lancamento da biografia de Seeter certamente sugere que o livro reserva supresas para os que acreditam que Dumledore levou uma vida sem pecados . Perguntei-lhe quais foram os maiores que descobriu.
Francamente Betty, não vou revelar todas as principais informaçõesantes que ninguém tenha comprado o livro!", sorri Skeeter. "Mas eu posso prometer que
qualquer pessoa que ainda pense que Dumbledore era branco como sua barba pode se
preparar para uma reviravolta! Vamos apenas dizer que ninguém que tenha presenciado a
sua ira contra Você-Sabe-Quem jamais teria sonhado que ele praticou Artes das Trevas em
sua juventude! E para um Bruxo que passou seus últimos anos clamando por tolerância,
ele não era exatamente um mente aberta quando era mais jovem! Sim, Alvo Dumbledore
tem um passado extremamente negro, sem mencionar a sua família suspeita, que ele se
esforçou tanto para manter escondida."
Pergunto-me se Skeeter está se referido ao irmão de Dumbledore, cuja convicção
da Suprema Corte dos Bruxos por praticar mau uso da magia causou um pequeno
escândalo quinze anos atrás.
"Oh, Aberforth é só o começo do saco de bosta.", ri Skeeter, "Não, não, eu estou
falando sobre algo muito pior do que um irmão com gosto para fazer coisas inúteis com
bodes, pior ainda do que seu pai incapacitador de trouxas - Dumbledore não podia manter
nenhum deles quietos de qualquer maneira, eles foram ambos condenados pela Suprema
Corte dos Bruxos. Não, é da mãe e da irmã que eu fico intrigada, e um pouco de insistência
revelou um ninho de safadezas - mas, como eu disse, vocês terão que esperar pelos
capítulos 9 ao 12 para detalhes completos. Tudo o que eu posso falar agora é que eu
entendo o porquê de Dumbledore nunca ter falado de como quebrou o nariz."
Deixando os podres familiares de lado, será que Skeeter nega o brilhantismo que
levou Dumbledore a muitas de suas descobertas mágicas?
"Ele era um crânio", ela concorda, "apesar de agora muitos se questionarem se
ele pode levar todo o crédito por todas as suas supostas conquistas. Como eu revelo no
capítulo 16. Ivor Dillonsby diz que já havia descoberto oito usos do sangue de dragão
antes de Dumbledore 'emprestar' seu trabalho."
Mas a importância de alguns dos feitos de Dumbledore não podem, eu me arrisco
a dizer, ser negados. E sobre a sua famosa vitória sobre o bruxo Grindelwald?
"Oh, agora eu estou grata de você ter mencionado Grindelwald," diz Skeeter com
um sorriso tentador, "Eu receio que aqueles que acreditam cegamente na vitória
espetacular de Dumbledore devem se preparar para uma bomba - quem sabe uma bomba
de bosta. Negócios muito sujos. Tudo que irei falar é que não tenham absoluta certeza que
houve mesmo um duelo lendário. Depois de terem lido meu livro, as pessoas podem ser
forçadas a concluir que Grindelwald simplesmente conjurou um guardanapo branco da
ponta de sua varinha e ficou quieto!"
Skeeter se recusa a revelar qualquer coisas mais nesse assunto intrigante, então
nos direcionamos para a relação que irá fascinar seus leitores mais do que qualquer outra.
"Oh, sim" disse Skeeter, consentindo rapidamente, "Eu dediquei um capítulo
inteiro para toda a relação Potter-Dumbledore. Ela tem sido chamada de insalubre, até
mesmo sinistra. Mais uma vez, seus leitores terão que comprar meu livro para ter acesso a
toda história, mas não há dúvida de que Dumbledore interessou-se além do normal com
Potter pelo que se diz. Se era realmente para o interesse do garoto - bom, nós veremos. É
certamente um segredo conhecido de que Potter teve a mais conturbada das adolescências.
Eu pergunto se Skeeter ainda está em contato com Harry Potter, a quem ela fez
uma entrevista famosa ano passado; uma conhecida entrevista na qual Potter falou
exclusivamente sobre a sua convicção de que Você-Sabe-Quem teria voltado.
"Oh sim, nós desenvolvemos um elo próximo," diz Skeeter. "O pobre Potter tem
poucos amigos de verdade, e nós nos encontramos num dos momentos mais desafiadores
de sua vida - O Torneio Tribruxo. Eu sou provavelmente uma das poucas pessoas vivas que
pode dizer que conhece o verdadeiro Harry Potter."
O que nos leva diretamente aos vários rumores que ainda circulam sobre as
últimas horas de Dumbledore. Será que Skeeter acredita que Potter esteve lá quando
Dumbledore morreu?
"Bom, eu não quero falar demais - está tudo no livro - mas testemunhas oculares
dentro do castelo de Hogwarts viram Potter sair correndo da cena momentos depois que
Dumbledore caiu, pulou ou foi empurrado. Potter mais tarde deu evidências contra Severo
Snape, um grande desafeto de Potter. Será tudo o que aparenta? Cabe à comunidade bruxa
decidir - assim que eles lerem meu livro."
Com essa intrigante deixa, retirei-me. Não há dúvidas que Skeeter escreveu um
best-seller instantâneo. As legiões de adoradores de Dumbledore podem também estar
tremendo sobre o que está próximo de ser revelado sobre o seu herói.
Harry alcançou o final do artigo, mas continuou a olhar vagamente para a página.
Repulsão e fúria subiram por ele como ânsia de vômito, pegou o jornal e o lançou, com
todas as forças, contra a parede, onde terminou se juntando ao resto de todo o lixo
acumulado ao redor de sua lixeira demasiadamente cheia.
Ele começou a andar cegamente pelo quarto, abrindo gavetas vazias e
pegando livros apenas para recolocá-los nas mesmas pilhas, quase inconsciente do que
estava fazendo, à proporção que frases aleatórias do artigo de Rita ecoavam em sua cabeça:
Um capítulo inteiro para o relacionamento Potter-Dumbledore... Ela tem sido chamada de
insalubre (não saudáveis), até mesmo sinistras... Ele praticou arte das trevas em sua
juventude... Eu tive acesso a uma fonte que muitos jornalistas trocariam suas varinhas
para tê-la...
- Mentiras! – berrou Harry e, através da janela, viu o vizinho ao lado parar de
tentar religar a sua máquina de cortar grama olhar para o alto apreensivamente.
Harry sentou bruscamente na cama. O pedaço quebrado de espelho saiu voando
para longe. Ele o pegou e ficou girando em seus dedos, pensando em Dumbledore e nas
mentiras com as quais Rita Skeeter estava difamando-o...
Houve um clarão do mais brilhante azul. Harry congelou. Seu dedo
machucado passando na ponta afiada do espelho novamente. Ele havia imaginado aquilo,
devia ter imaginado. Olhou por cima de seu ombro, mas a parede era da cor pêssego que a
Tia Petúnia havia escolhido. Não havia nada azul ali que o espelho pudesse refletir. Olhou
dentro do fragmento de espelho novamente e não viu nada além do próprio olho verde
olhando em resposta.
Ele havia imaginado isso. Não havia outra explicação, porque ele estava
pensando no seu falecido diretor. Se algo estava certo, era que os olhos azuis ofuscantes de
Alvo Dumbledore nunca mais o penetrariam.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
A asençãodo lorde das trevas (capítulo um)
Os dois homens se materializaram inesperadamente, a poucos metros de distância, na estreita ruazinha iluminada pelo luar. Por um momento eles ficaram imóveis, as varinhas apontadas um para o peito do outro; então, reconhecendo-se, guardaram a varinha sob a capa e recomeçaram a andar apressados na mesma direção.
- Novidades? - perguntou o mais alto dos dois.
-As melhores - respondeu Severo Snape.
A rua era ladeada por um silvado, À esquerda, e por uma sebe alta e cuidadosamente aparada, à direita. As longas capas dos homens esvoaçavam ao redor dos tornozelos enquanto eles caminhavam.
-Pensei que fosse me atrasar- disse Yasley, suas feições grosseiras desaparecendo e reaparecendo à sombra dos galhos de árvores que se interpunham ao luar. - Foi um pouco mais complicado do que imaginei. Mas acho que ele ficará satisfeito. Você tem certeza de que será bem recebido?
Snape assentiu sem, contudo, dar explicações.
Os homens viraram para um largo caminho de entrada, à direita. A alta sebe margeava e se estendia para além do impressionante portão de ferro que barrava a entrada. Em silêncio, ambos ergueram o braço esquerdo numa espécie de saudação e atravessaram o portão, como0 se o metal escuro fosse apenas fumaça.
As sebes de teixo abafaram os passos dos homens . Ouviu-se um
farfalhar à direita. Yasley tornou a sacar a varinha, apontando-a por cima da cabeça do seu companheiro, mas a fontedo ruido fora apenas um pavão alvíssimo, que caminhava, majestoso, ao oongo do topo da sebe.
-Ele semprte soube viver, o lúcio. pavões...- com bufo de desdém, Yasley tornou a guardar a varinha sob a capa.
Um belo casarão se destacou na strevas, no final do caminho reto, as luzes faiscando nas janelas em formato de losango do andar térreo. Em algum lugar no jardim escuro, atrás dos arbustos, uma fonte jorrava. O saibro comecou a estalar sob os pés, quando Snape e Yasley assim que eles passaram. Os dois homens se detiveram à frente de uma pesada porta de madeira que levava a outro cÔmodo, hesitaram o tempo de uma pulsação, então Snape girou a macaneta de bronze.
A sala estava cheia de pessoas silênciosas ,sentadaa a uma comprida mesa ornamenteda . Os móveis que habitualmente a guarneciam tinham empurrados descuidadamente contra as parede. A iluminação proviam das chamas vivvas de uma bela lareira, cujo console de mármore era emcimado por um espelho dourado. Snape e Yasley pararam um instante à entrada. À medida que seus olhos se acostumaram à penumbra, sua sua atenção foi atraida para o detalhe mais estranho da cena ; o vulto de uma de uma pessoa aparentemente desacordada suspensa de cabeça para baixo sobre a mesa. Nenhuma das pessoas sentadas à roda dessa visão singular a encarava , execeto um jovem pálido que estava praticamente embaixo. Parecia incapz de se conter e erguia os olhos a todo instante.
-Yasley, Snape - falou uma voz aguda e clara da cabeceira da mesa -, vocês estão praticamenbtes atrasados .
Odono da voz estava sentado defronte `lareira. de modo que, a princípio, os recém-chegados tiveram dificuldade em distinguir mais que sua silueta. à medida que se paroximaram, porém, seu rosto se destacou na obiscuridade,imberbe, ofídico, com fendas esreitas no lugar das narinas e olhos vermelhos e brilhantes dfe pupilas verticais. Era tão pálido que parecia emitir uma aura perolada .
-Severo, aqui - disse Voldemort, indicando a cadeira imediatamente À sua direita. - Yasley, ao seu lado de Dolohov.
Os dois homens ocuparam os lugares designados . Os olhares da maioria dos que estavam À mesa seguiram Snape, e foi a ele que Voldemort se dirigiu primeiro.
- Eentão?
- Milorde, a ordem da fenix pretende transferir Harry Potter do lugar seguro em que está, no sabado, ao anoitecer
O interece ao redor sa mesa se intensificou perceptivamente. Algubns enrijaceram, outros se mexeram, todos atentos a Snape e Voldemort.
-Sabado... ao anoitecer - repetiu Voldemort. Seus olhos vermelhos se fixaram nos olhos pretos de Snape com tanta intensidade que alguns dos observadores desviaram o olhar, aparentemente receosos de serem atigindos pera ferosidade daquela fixiges. Snape, no entanto, sustentou o olhar calmamente, e após um momet, os lábois descarnados de Voldemort se curvaram num aparente sorriso.
-Bom. Muito bom. E essa informação veio de...?
-Milorde.
Yasley tinha se inclinado para a frente procurando ver Valdemort
e Snape. Todos os rostos se voltaram para ele.
-Milorde, eu ouvi coisa diferente.
Yasley aguardou, mas Voldemort não objetou, então ele prosseguiu.
-Dawlish, o auror deixou escapar que Potter não será transferido até o dia trinta à noite, na véspera de seu aniverssário de dezessete anos
Snape sorriu.
-Minha fonte informou que planejam divulgar uma pista falsa: deve ser essa. Sem dúvida lancaram em Dawlish um feitiço para confundir. Não seria a primeira vez, todos conhecem sua sescetibilidade a feitiços.
-Posso lhe assegurar, Milorde,que Darlish me pareceu muito seguro do que dizia contrapôs Yasley.
-Se foi confundido, é óbivio que parecerá seguro - disse Snape.
- Garanto a você, Yasley, que a seção de Aurores não irá participar da proteção de Harry Potter. A ordem acredita que estamos infiltrados no ministério.
-Então pelo menos nisso a Ordem acertou, hein? - comentou um homen atarrracado, apouca distância de Yasley, dando uma risada sibilsda que ecoou pela mesa.
Voldemorte não riu. Seu olhar se desviou para o alto, para o corpo que girava vagarosamente, e ele pareceu se alhear.
-Milorde - continuou Yasley - , Dawlish acredita que vão usar um destacamento inteiro de Aurores na tranfeência do garoto...
Valdemorte ergueu a mão grande a branca, e Yasleycalou-se imediatamente, observando, rancoroso, o lorde se dirigir outra vez a Snape.
-E em seguida onde vão esconder o garoto?
- Na casa de um dos membros da ordem - respondeu Snape. -O lugar segundo a minha fonte, recebeu toda a proteção que a Ordem e o Ministério juntos puderam lhe dar. Acredito que seja mínima chance de pormos as maõs nele uma vez que chegue ao destino, Milorde, à não ser é claro que o minist´rio tenha caído antes de sabado, o que, talvez nos desse a oportunidade de descobrir e desfazer um grande número sulficiente de feitiços, e passar pelos demais.
-E então Yasley interpelolou-o Voldemor, luz das chamas se refletindo estranhamente em seus olhos vermelho, - O Ministério terá caído até sabado?
Mais uma vez todas as cabeças se viraram. Yasley empertigou-se .
-Milorde, a esse respeito tenho boas noticias. Consegui, com dificuldade e após muito esforço, lancar uma maldição imperius em Pio Thicknesse.
Muitos dos que stavam próximos de Yasley pareceram impressionados; seu vizinho, o Dollohov, um homem de car triste e torta, deu-lhe um tapinha na scostas.
É um começo - disse Voldemort -, mas Thicknesse é apenas um homem, Scrimgeour precisa estar cercado por gente nossa para eu agir. Um atentado malsucecido À vida do ministro me causará um enorme tarso.
É verdade, Milorde, mas, o senhor sabe que, na função de chefe de Departamento de Execução das Leis da Magia, Thicknesse tem contato frequente não só com o própio ministro. Acho que com os chefes dos outros departamentos do Ministério. Acho que será fácil dominar os demais , agora que temos um funcionpário graduado sob controle, e então todos podem trabalhar juntos para derrubar Scrimgeour.
-Isso se o nosso amigo Thicknesse não for descoberto antes de ter con vertido o resto - afirmou Voldemort. - De quelquer forma, é pouco provável que o Ministério seja sei antes de sabado. Se não pudermos pôr a mão no garoto no lugar de destino, então teremos que fazer isso durante a transferência.
-Nesse particular, estamos em posição vantajosa , Milorde- disse Yasley, que parecia decidido a receber alguma aprovação.- Já plantamos v´árias pessoas no epartamento de trasportes mágicos. Se Potter aparatar ou uasar a rede de flu, saberemos imediatamente.
Ele não fara nemhum dos dois- disse Snape. - A Ordem está evitando qualquer forma de trasporte controlada ou regulada pelo Ministério, desconfian de tudo que esteja ligado aquele lugar.
-Tanto melhor disse Voldemort. - Ele terá de se deslocar em campo aberto. Será muitissímo maís fácil apanha-lo.
Mais uma vez Voldemort ergueu o olhar para o corpo que girava vagarosamente, então prossegui:
-Cuidarei do garoto pessoalmente. Cometeram-se erros demais com relação a Harry Potter. Alguns foram meus . Que Potter ainda viva deve-se mais oas meus erros do que aos seus Êxitos.
As pessoas a volta da mesa fitaram Voldemort apreensivas, cada qual deixando transparecer o medo de ser responsabilizadas por Harry Poter ainda estar vivo. Voldemorte, no entanto, parecia estar falando mais consigo mesmo do que com os demais, ainda atento ao corpo inconsiente no alto.
Por ter sido descuidado, fui frustrado pela sorte e a ocasião, essas destruidoras dos planos, a não ser os mais bem traçados. Mas aprendi. Agora compreendo coisas que antes não compreendia. Eu é que devo matar Harry Potter, e assim farei.
Nisso, e em aparente resposta às suas palavras, ouviu-se um lamento repentino, um grito tarrível e prolongado de infelicidade e dor. Muitos ao redor da mesa olharam para baixo, assustados, pois o som parecia vir do chão.
Rabicho? - chamou Voldemort, sem alterar seu tom de voz, baixo e reflexisivo, e sem tirar os olhos do corpo que girava no alto. - Já não lhe disse para manter essa escória calad?
-Disse, m-milorde - Falou um homenzinhosentado na segunda metade da mesa, tão encolhido que, à primeira vista, sua sua cadeira parecia estar desocupada. E, levantando-se de um salto,saiu correndo da sala, deixando em seu rastro apenas um brilho prateado.
-Como eu ia dizendo - continuou Voldemort, olhando mais uma vez para os rostos tensos dos seus seguidores-, agora compreendo melhor. Precisarei, por exemplo, pedir emprestada a varinha de um de vocêsantes de sair para matar Potter.
Os rostos à sua volta esxpressaram apenas incredulidade; como se ele tivesse anuciado que queria o braço de um deles emprestado.
-Nenhum voluntário? - perguntou Voldemort. - vejamos...
Lúcio nao velo razão para você continuar com a ter uma varinha.
Lúcio Malfoy ergueu a cabeça. Sua pele parecia amarela e serosa à luz das chamas, e tinha os olhos encovados e sombrios. Quando falou, sua voz rouca.
-Milorde?
-Sua varinha, Lúcio. Preciso de sua varinha.
- Eu...
Malfoy olhou de sguelha para sua mulher. Narcisa tinha o olhar fixo à frente, tão pálido quanto o marido, os longos cabelos louros descendo pelas costas, mas,. sob a mesa, seus dedos finos apertaram brevemente o pulso dele. Ao seu toque, Malfoy enfiou a mão nas vestes e tirou uma varinha que passou a Voldemort, que a ergueu diante dos olhos vermelhos e axaminou-a detidamente.
-De que é?
-Olmo, milorde- sussurou Malfoy.
- E o nucleo?
-Dragão... fibra do coração.
-Ótimo - aprovou Voldemort. E, sacando a propia varinha,comparou os comprimentos.
Lúcio Malfoy fez um movimento involuntário; por uma fração de segundos, pareceu que esperava receber a varinha de Voldemort em troca da sua. O gesto não passou despercebido ao lorde, cujos olhos se arregalaram maliciosamente.
-Dar-lhe a minha varinha, Lúcio? Minha varinha?
Alguns dos presentes riram.
-Dei-lhe a liberdade, Lúcio não é suficiente? Mas tenho notado que você e sua familia ultimamente parece menos felizes... alguma coisa na minha presença em sua casa os incomoda, Lúcio?
- Nada... nada, milorde.
-Quanta mentira Lúcio
A voz suave parecia silvar, mesmo quando a boca cruel parava de mexer. Um ou dois bruxos mal conseguiram refrear um temor quando o silvo foi intensificando; ouviu-se uma coisa pesada deslizar pelo chão embaixo da mesa.
A enorme apareceu e subiu vagarosamente pela cadeira de Voldemort. Foi emergindo, como se fosse interminável, e parou sobre os ombros do mestre:o pescoço do répitil tinha a grossura de uma coxa masculina; seus olhos com a pupilas verticais não piscavam. Voldemort acariciou-a, distraido, com seus dedos longos e finos, ainda encarando Lúcio Malfoy.
-Por que os Malfoy parecem tão infelizes com a própia sorte? será que o meu retorno, minha ascençaõ aoa poder, não é exatamente o que disseram desejar durante tantos anos?
- Sem dúvida, milorde, sua mulher fez um aceno rígido e esntranho com a cabeça, evitando olhar para Voldemort e a cobra. À direita, seu filho Draco, que estivera mirando o corpo inerte no teto, lancou um brevíssimo olhar para Voldemort, aterrorizado de encarar o bruxo.
- Milorde - disse uma mulher morena na outra metade da mesa, sua voz embargada pela emoção -, é uma honra tê-lo aqui, na casa de nossa família. Nõa pode haver prazer maior.
Estava entada ao lado da irmã, tão diferente desta aparência, com seus cabelos negros e olhos de pálpebras pesadas, quando o era no porte e na atitude; enquanto Narcisa sentava-se dura e impassível, Belatriz se curvava para Voldemort, porque meras palavras não podiam demontrar o seu desejo de maior proximidade.
- Nõa pode haver prazermaior- repetiu Voldemort, a cabeça ligeiramente inclinada para o lado, estudando Belatriz. -I sso significa muito, Belatriz, vindo de você.
O rosto da mulher enrubesceu, seus olhos lacrimejaram de prazer.
-Milorde sabe que apenas digo a verdade!
-Não pode haver prazer maior... mesmo comparado ao feliz evento que, segundo soube, houve em sua família esta semana?
Belatriz fitou-o, os lábios entreabertos, nitidamente confusa.
- Eu não sei a que está se referindo, milorde.
- Estou falando da sua sobrinha. E de vocês também, Lúcio e Narcisa. Ela acabou de casar com o lobisomem Remo Lupin. A familia deve estar muito orgulhosa.
Gargalhadas debochadas explodiram à mesa. Muitos se curvaram para trocar olhares divertidos; algumas socaram a mesa com os punhos. A cobra, incomodada com o barulho, escancarou a boca e silvou irritada, mas os Comkensais da Moprete nem a ouviram, tão exultantaes estavam com a humilhação de Belatriz e dos Malfoy. O rosto da mulher, hà pouco rosado de felicidade, tingiu-se de feias manchas vermelhas.
-Ela não é nossa sobrinha, milorde- disse em meio as garagalhadas. - Nós, Nrcisa e eu, nunca mais pusemos os olhos em nossa irmã depois que se casou com aquele sangue-rui. A fedelha não tem a menor ligação conosco, nem qualquerfera com que se case.
-E você, Draco, que diz? - perguntou Voldemort, e, embora falasse baixo, sua voz ressoou claramente em meio aos assobios e caçoadas. - Vai bancar a babá dos filhotes?
A hilaridade aumentou; Draco Mlfoy olhou aterrorizado para o pai, que comtemplava o própio colo, e seu olhar cruzou com e de sua mãe. Ela balançou a cabeça quase imperceptivelmente, depois retornou seu olhar fixo na parede oposta.
-Já chega - disse Voldemort, acariciando a cobra raivosa. - Basta.
E as risadas pararam imediatamente.
-Muitas das nossas arvoraes genealógica mais tradicionais, com o tempo, se tornaram bichadas - disse, enquanto Belatriz o mirava, ofegante e súplice. - Vocês precisam podar as suas para mantê-las saudáveis, não? Corten fora as partes que ameaçam a saúde do resto.
- Com ceteza, milorde - sussurou Belatriz, mais uma vez com os olhos marejados de gratidão. - Na primeira oportubidade!
- Vovê terá - respondeu Voldemort. - E, tal como fazem na família, façam no mundo ntambém... vamos extripar o cançer que nos infecta até restarem apenas os que tem o sangue verdadeiramente puro.
Voldemort ergueu a varinha de L´cio, apontando-a diretamente para a figura que girava lentamente, suspensasobre a mesa, e fez um gesto quase imperceptível. O vulto recuperou os movimentos com um gemido e começou a lutar contra invisíveis grolhões.
-Você está reconhecendo a nossa convidada, Severo? - indagou Voldemort.
De baixo para cima, Snape erhueu os olhos para o rosto pendurado. Todos os Comensais agora olhavam para a prisioneira, como se tivessem recebido permissão para manifestar sua curiosidade.Quando girou para o lado da lareira, a mulher disse, com a voz entrecortada de terror:
-Severo, me ajude!
-Ah, sim - respondeu Snape enquantoenquanto o rosto da prisioneira continuava a girar para o outro lado.
-E você, Draco? - perguntou Voldemort, acariciando o fucinho da cobra com a mãolivre. Draco sacudiu a cabeça com um movimento brusco. Agora que a mulher acoradara, ele parecia incapaz de continuar encarando-a
-Mas você não teria se matriculado no curso dela- disse Vodemort- para os que nao sabem, estamos reunidos aqui esta noite para nos despedir de Caridade Burdage que , até recentemente, lencionava na escola de magia e bruxari de hogwarts!
Oviram- se breves sons de assentimento ao redor da mesa. Uma corpulenta e curvada, de dentes pontiagudos, sltou uma gargalhada.
- Sim... a professora Burdage ensinava s criãnças bruxas tudo sobre a repeito dso trouxas... e como se assemelham co0m n´s...
Um dos comensais da morte cuspiu no chão, em seu giro, Caridade voltou a encara Snape
-Severo...por favor... por favor...
- Silêncio - ordenou Voldemort, com um breve movimento da varinha de Lúcio, e Caridade selenciou como se tivesse sido amordaçada. - Não contente em corromper e poluir as mentes das criãças bruxas, na sem
ana passada, a professora Burdage escreveu uma apaixonada defesa dos sangue-ruins no Profeta Diário. Os bruxos disse els, devem aceitar esses ladrãoes do seu saber e magia. A desilusãpo dos puros sanguesé, segundo Burdage, uma circusntãcia extremamente desejável... Ela defende que todos casemaos com trouxas... ou, sem dúvida, com lobisomens...
Desta vezninguémriu: não havia com deixar de perceber q a raiva e o desprezo na voz de Voldemort. Pela terceira vez, Caridade Burdage encarou Snape. Lágrimas escorriam dos seus olhos para os cabelos. Snape retribuiu seu olhar totalmente impassível, enquanto ela ia girando o rosto pra longe dele.
-Avada Kedrava.
O lampejo de luz verde iluminou todos os cantos da sala. Cridade caiu estrondosamente sobre a mesa, que tremeu e estalou. Varios comensais da morte pularam para trás ainda sentados. Draco caiu da cadeira para o chão.
-Jantar Nargini - disse Voldemort com suavisade, e a grande cobra deslizou sinuosamente dos ombros dele para a lustrosa smesa de madeira.
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