Harry poter está aguardando na rua dos Alferneiros. A Ordem da Fênix chegará em breve para trasferi-lo, em segurança, do endereço de sua familia trouxa, sem que Valdemort e seus seguidores saibam. A partir daí, o que Harry deverá fazer? Como será capaz de cumprir a missão, aparentemente impossível, que Dumbledore lhe deixou?

domingo, 10 de outubro de 2010

In Memóriam (capítulo dois)

                               




  Harry sangrava, segurando a mão direita com a esquerda, e xingandobaixinhoele empurou a porta do quarto com o ombro. Ouviu um barulho de porcelana quebrando, quebrara um xícara de chá frio alguém deixara do lado de fora, à porta do quarto.
    - Que m...
  Ele olhou para os lados; o corredor da rua dos alfeneiros n.4 estava deserto. A xícara de chá era, possívelmente, a idéia de armadilha inteligente imaginada por Duda. Harry msanteve a mão ensaguentada no alto, juntos os cacos da xícara com a outra mãoe atirou-os na cestaabarrotada de lixo que entreviu pela porta de seu quarto depois camin hou pesadamente até o banheiro para por o dedo sob a água da torneira.
  Era uma idiotice sem sentido e incrivelmente irritante que ainda lhe faltassem quatro disa para poder realizar feitiços...mas tinha de admitir que esse deio corte no dedo o derrotaria. Nunca aprende a curar ferimentose, agora que lhe acorria pensar nisso - particilamente àluz dos seus planos imediato-, parecia-lhe séria lacuna em sua educação bruxa. Anotando mentalmente para perguntar a Hermione como se fazia, ele usou um grande chumaço de papel hoigiênico para secar o melhor que pode do chá derramado, antes de voltar para o quarto e bater a porta.
   Harry gastara a manhã inteira  esvaziando seu malão de viagem pela primeira vez desde que o arrumara havia seis anos. Nos primeiros anos de escola ele simplementelimpara uns três quartos do seu conteúdo e os repusera ou atualizara, deixando no fundo uma camada de lixo - penas usadas, oleos secos de besouro, meias sem par que não lhe serviam mais. Minutos antes, Harry metera a mão nesse entulho, sentira uma dor lacinante no quarto dedo da mão direitae, ao puxá-la, viu que estava coberta de sangue.
  Continuou então um pouco mais cauteloso. Tornado a se ajoelhar ao lado do malão, apalpou o fundo, retirou um velho broche que brilhava fracamente, ora Apóia CEDRICO DIGGORY ora POTTER FEDE, um bisbilhocópiuo rachado e gasto e um medalhão de ouro contendo um bilhete assinado por R.A.B. e finalmente descobriu o gume afiado que o ferira. Reconheceu-o sem hesitação. Era um caco de cinco centimetros do espelho encantado que Sirius, seu falecido padrinho tinha lhe dado. Harry segurou a apalpou o malão à procura do resto, mas nada mais restar do último presento do parinho exceto o vidro moído, agora grudado, naúlima camada de destr´ços, com o purpurina.
  Harry sentou e examinou o caco pontiagudo em que se cortara, mas não viu nada além do reflexo do seu brilhante olho verde. Colocou, então, o fragimento sobre o profeta diário daquela manhã, que contiava que continuava intocado em cima de sua cama, e tentou estancar o rtepentino fluxo de  amargas lembranças, as pontadas de remorse e saudade que a descoberta do espelho partido tinha lhe ocasionado, ao atacar o resto do lixo no malão.
  Levou mais uma hora para esvazialo completamente, jogar fora os objetos inúteis e separar pos de mais em pilhas , de acordo com a s suas futuras necessidades. Suas vestes de escola e de quadribol, caldeirão, pergaminho, penas e amaoior parte dos livros de estudo foram empilhados a um canto para serem deixados em casa. Ficouimaginando o que os tios fariam com  aquilo; provalvemente  queimariam tudo na calada  da noite, como se fossem provas de  algum crime ediondo. Suas roupas de trouxa, Capa de Invisibilidade, estojopara  o preparo de porções,certos livros, o álbum de fotos que Hagrid um dia lhe dera, um maço de cartas e sua varinha foram rearrumados em uma velha movhila. No bolso frontal, guardou o mapa do maroto e o medalhão com o bilhete assinado por R.A.B. sob qualquer ângulo normal, era impretável -, mas pelo que lhe custara obtê-lo.
   Restou uma avantajada pilha de jornais sobre sua escrivaninha, ao lado da alvíssima coruja Edwiges: um exemplar para cada um dos dias desse verão que Harry passara na rua dos Alfeneiros.
  Levantou-se, então, do chão, espreguiçou-se e se dirigiu à escrivaninha. Edwiges não fez movimento quando ele começou a folhear os jornais e atirar um a um na montanha de lixo acumulado; a  coruja cochilava, ou fingia cochilar; esava zangada com Harry por causa do pouco tempo que, no momento, ele a deixava fora da gaiola,
    Quase no fim da pilha de jornais, Harry desacelerou à procura de uma certa edição que elrsabia ter chegado logo depois de seu regrosso á rua dos Alfeneiros, para passar o verão; lembrava-se de que havia uma pequena nota na primeira página sobre o pedido de demissão de Caridade Burdage, a professora de estudos dos troxas em Hogwaartd finalmente encontrou-a. Abrindo-a à pagina dez, sentou-se à cadeira de escrivaninha e releu o artigo que estivera procurando.



                              EM MEMÓRIA DE ALVO DUMBLEDORE
                                                        Elifas Doge
    Conheci Alvo Dumbledore aos onze anos de idade, em nosso primeiro dia em Hogwarts. Sem dúvida o nosso interesse mútuo se deu ao fato de ambos nos sentimos deslocados. Eu contraíra varíola de dragão pouco antes de chegar À escola,e,e embora não oferecesse mais contágio, o meu rosto marcado e verdosa não anim,ava ningém a se aproximar de mim. Por sua vez, Alvo chegara, carregando o peso de uma indesejável notoridade. Menos de um ano antes, seu pai, Percival, fora condenado por um ataque selvagem, e amplamentecomentado, a três rapazes trouxas.
  Alvo jamais tentou negar que o pai (que morreriaem Askaban) cometera o crime; muito ao contrário, quando reuni coragem para lhe perguntar, ele me confirmou que sabia que o pai era culpado. E se recusava a acrescentar o que o que fosse sobre o triste casao, embora muitos tentassem faze-lo falar. Aguns até dispunham a elogiar a atitude do pai, presumindo que Alvo também odiasse trouxas. Não pçoderiam estar mais enganados: todos que conheceram Alvo atestariam que ele jamais revelou a mais remota tendência antitrouxa. Na realidade, sei decisiivo apoio aos direitos dessa comunidade conquistou-lhe muitos inimigos nos que se seguiram.
  Em questão de meses, no entanto afama pessoal de Alvo começou a eclipsar a do pai. Ao terminaro primeiro ano em Hogwarts, deivara de ser conhecido como o filho do  homem que odiava trouxaa, e ganhou a reputação de ser o aluno mais brilhante que que a escola já vira. Aqueles que tinham o privilégio de ser seus amigos se beneficiavam do seu exemplo, além da ajuda e estímulo, que sempre distribuirs com generosidade. Mais adiante na vida, ele me confessaria que já naquela época sabia que o seu maior prazer era ensinar.
  Alvo não só ganhou todos os prêmios importantas que a escola oferecia, bem como não tardou a se corresponder regurlamente com as personalidades mais notáveis do  mundo da magia contmporânea, inclusive Nicolau Flameu, o famoso alquimista, Baltida Bagshot, a renomada historiadora, e o teórico da magia Adalberto Waffling. Varios dos seus artigos foram acolhidos por publicações cultas como a transfiguração hoje, desafios no encantamentos, O preparador de Porçoes. A carreira futura de Dumbledore provalvemente seria meteórica, e a única dúvida era se chegaria a ministro da magia.Embora futuramente se previsse com frequência que ele estava às vesperas de assumir o cargo, Dumbledore nunca teve ambições ministeriais   
    Três anos depois de comercamos a estudar em hogwarts, seu irmão chegou à escola. Não se pareciam ; Alberfoth nunca foi dado a literaturas e, ao contrário de Alvo, preferia resolver suas diferenças com duelos em vez de discuti-los racionalmente. É porem, um engano insinuar como alguns têm feito, que os irmãos não fossem amigos. Davamse tão bem quanto dois garotos, assim diferentes, poderiam se dar. E para fazer justiça a Aberfoth, deve-se admitir que viver à sombra de Alvo não pode ter sido uma experiência muito confortável. Ser continuamente ofuscado era um risco ocupacional que aacompanhava seus amigos e não pode ter sido mais prazeroso para um irmão.
   Quando Alvo e eu concluímos os estudos em hogwarts, pretendiamos fazer juntos a viagem para o mundo, então tradicinal  para visitar e observar os bruxos estrangeiros, antes de seguir cada qual a sua carreira. Interveio, porém a tragédia. Na vespera de nossa viagem, Mãe de Alvo, Kendra, faleceu, legando ao filho mais velho a tarefa de chefiar e sustentar sozinho a  familia. Adiei a minha partida suficiente para prestar as últimas homenagens a Kendra, então iniciei, solitário. Com um irmão e uma irmã mais jovens para cuidar e pouco dinheiro herdado, já não havia possibilidade de Alvo me acompanhar.
   Aquele foi o periodo de nossas vidas em que mantivemos menos contato. Ecrevi a Alvo, narrandop, talvez insensivelmente, as maravilhas da minha viagem, desde o episódio em que scapei por um triz de quimeras na Grécia até as minhas experiências com alquimista egípcios. As cartas dele me contavam alguma coisa de sua vida diaria, que parecia ser monotoma e frustante para um bruxo tão genial. Absorto em minhas própias experiências, foi com horror que soube, quase no fim do ano de viagens, que outra tragédia se abatera sobre a familia: a morte de sua irmã Ariana.
   Embora a irmã não gozasse de boa saúde havia tempo, o golpe tão próximo à morte da mãe afetou pruofundamente os dois irmãos. Todos os que eram mais chegados a Alvo- e incluo-me entre esses felizardos - concordam que a morte de Arianae o sentimento de responsabilidade do irmão poe esse desfecho (ainda que ele não fosse culpado) marcaram-no para sempre.
    Quando regressei, encontrei um rapaz que passara por sofrimentos de um homem mais velho. Alvo tornou-se mais reservado do que antes e muito menos alegre. Para aumentar sua infelicidade, a morte de Ariana não conduzira a uma aproximação maior entre Alvo e Aberfoth, mas a um afastamento. (Com o tempo isso se resolveria - nos últimos anos eles restabeleceram se não uma relação íntima, ao menos cordial) Desde então, por[ém, ele raramente falava dos pais ou de Ariana, e seus amigos aprenderam a não mencioná-los.
     Outros escritores descreverão os triunfos dos anos seguintes. As inúmeras contribuições de Dumbledore ao acervo de conhecimentos sobre magia, inclusive a descoberta dos doze usos para o sangue de dragão, beneficiarão as futuras gerações, do mesmo modo que a sabedoria que demonstrou nos muitos julgamentos que ralizou durante o mandadto de presidente da suprema corte dos bruxos. Dizem, ainda hoje, que nehum duelo de magia jamais se igualou ao que foi travdo entre Dumbledore e Grindelwalrd, aqueles dois bruxos extraordinarios combaterem. A vitória de Dumbledore e saus  consequências para o mundo bruxo são considerados um marco na história da magia, comparável à introdução do Estatuto Internacional de Sigilo em Magia  ou à queda d'Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado.
    Alvo Dumbledore jamais demostrava orgulho ou vaidade; sempre encontrava o que elogiar em qualquer pessoa, por mais insiguinificante opu miserável que fosse, e acredito que as perdas que sofreu na juventude o dotaram de grandehumanidado e solidariedade. Sentirei saudades de sua amizade mais do que poderia reconhecer, mas a a minha perda é desprezível se a compararmos à do mundo dos bruxos. É indiscutível, que le foi o mais inspirador e o mais querido diretor de hogwart. Ele morreu como viveu: sempre trabalhando para o bem maiore, até a sua hora final, tão disposto a estender a mão ao garotinho com variola de dragão quanto no dia em que o conheci.


     Harry terminou a leitura, mas continuou a comtemplar a foto que acompanhava o obituaria. Dumbledore exibia o seu conhecido sorriso bondoso, mas , ao olhar por cima dos oclinhos de meia-lia, dava a impressão, mesmo em jornal, de ver o íntimo de Harry, cuja tristeza mesclou-se  com uma sensação de humilhação.
  Tinha achado que conhecia Dumbledore muito bem, mas depois da leitura do obituário, fora forçado a admitir que pouco sabia dele. Jamais imaginara uma única vez a infância ou a juventude do mestre; era como se ele tivesse ganhado existência quando Harry o conhecera, venerável, de barbas e cabelos prateados,e idoso. A idéia de um Dumbledore adolescente era simplesmente esquisita, o mesmo que imaginar uma Hermione burra ou um explosivim amigável.
  Nunca pensara em indagar a Dumbledore sobre o seu passado. Sem duvida, teria sido constarngedor, e até impertinente, mas era de conhecimento geral que Dumbledore travara um lendário duelo
com Grindelwald, e Harry nem sequer pensara em perguntar ao mestre como fora esse e outros feitos famosos. Não, eles sempre discutiam Harry, o passado de Harry, o futiro de Harry, os planos de Harry... e a imprassão de Harryagora, apeasar de seu futuro tão perigoso e incerto, era que perdera insubstituiveis oportunidades de perguntar mais a Dumbledore sobre ele mesmo, embora a única pergunta pessoal que fisera ao mestre tenha sido, também, a única que desconfiava, Dumbledore não respondera com sinceridade:
    - O que é que o senhor vê quando lha no espelho?
    - Eu? Eu me vejo segurando um par de grossas meias de lã. 
    Após alguns min utos de reflexição, Harry retirou o obtuário do profeta, do brou a folha cuidadosamente e guardou-a no primeiro volume de Prática da magia defensiva e seu usocontra as artes das trevas. Em seguidad atirou o resto do jornal  no monte de lixo e virou-se para encarar o quarto. Estava muito mais arrumado.As unicas coisas fora de lugar era a edição do dia do profeta diário,ainda sobre a cama e em cima dela,um caco de vidro.
  Harry atravessou o quarto,empurrou o caco para o lado e abriu o jornal.Tinha apenas corrido os olhos pela manchete ao tirar o exemplar enrolado das garras da coruja entregadora,mais cedo naquela manhã,abandonando-o em seguida ao reparar que nada havia sobre Valdemort.Harry tinha certeza de que o ministério contava que o profeta omitisse as notícias sobre o bruxo das trevas.Foi somente neste momento,portanto,que reparou no que deixara escapar.
   Na metade inferior da primeira página,havia uma manchete no alto de uma foto de Dumbledore caminhando com um ar preocupado:Dumbledore-em fim a verdade!

     na proxima semana,a chocante verdade sobre o genio imperfeito que muitos consideram o maior bruxo de sua geração.
   desfazendo a imagem popular de serena e venerável sabedoria,Rita Skeeter revela a infancia pertubada,a juventude rebelde,as rixas internináveis e os segredos vergonhosos que Dumbledore levou para o túmulo por que o homem indicado para ministro da magia se contentou com um simples cargo de diretor de escola!Qual era a real finalidade da organixação secreta conhecida como Ordem da Fênix!Como Dumbledore realmente encontrou a morte!
  A resposta a essas perguntas e muitas outras são examinadas em uma nova e explosiva biografia A vida e as mentiras de Alvo Dumbledore,de autoria de Rita Skeeter,entrevistada com exclusividade por Betty Braithwaite,na pagina treze deste numero 

 Harry rasgou a cinta do jornal e abriu-o a pagina treze.O artigo estava encimado pela foto de outro rosto conhecido:uma mulher com oculos enfeitados com pedrinhas,cabelos louros bem ondulados,os dentes amostra no que,sem dúvida,se supunha ser um sorriso cativante,agitando os dedos para ele.Fazendo i possivel para ignorar a imagem nauseante,Harry leu.

Rita Skeeter é muito mais simpatica e sensível em pessoa do que os seus ja famosos e ferozes retratos a bico-de-pena poderiam sugerir.Recebendome a entrada de sua casa aconchegante,ela me conduz diretamente a cozinha para uma xírcara de chá,uma fatia de bolo ingles e,nem é preciso dizer, uma caldeirão fumegando com fofocas frescas.
"Naturalmente,Dumbledore é o sonho de qualquer biógrafo",diz Skeeter,"com sua vida longa e plena.Tenho certeza que o meu livro sera o primeiro de muitos outros."
Sketeer certamente agiu com rapides.Seu livro de novecentas paginas foi concluído apenas quatro semanas após a misteriosa morte de Dumbledore,em junho. Pergunto-lhe como conseguiu esse feito de velocidade.
  "Ah, quando se é jornalista  de longa, data trabalhar com przos curtos é uma segunda natureza. Eu sabia que o mundo dos bruxos exigia uma história completa e queria ser a primeira a satisfazer essa demanda."
    Menciono os comentários recente e amplamente divulgados de Elifas Doge,  conselheiro especial da Suprema Corte dos Bruxos, o Wizengamot, e amigo de longa data de Alvo Dumbledore, de que " o livro da Skeeter contém menos fatos  do que um cartão de sapos de chocolate".
   Skeeter jaga a cabeça para tráz dando gargalhada.
    " Querido Doguinho! Lembro-me de tê-lo entrevistado há alguns anos sobre os direitos dos serianos, que deus o abençoe. Completamente gagá, parecia achar que estávamos sentados no fundo do lago Windermere, e não parava de recomendar que eu tivesse cuidao com as trutas."
   Contudo, as acusações de impresisão feitas por Elifas Doge  encontraram eco em muito lugares. Será que Seeter julga que  quatro breves semanas foram suficientes para captar um retrato de corpo inteiro da longa e extraordinária vida de Dumbledore?
   "A minha cara", reponde ela, abrindo um largo sorrisoe me dando um tapinha afetuoso na mão, "você conhece tão bem quanto eu a quantidade de irformações que pode gerar uma bolsa cheia de galeões, uma recusa em acitar um "não" é uma pena de repetição-rápida! As pessoas fizeram fila para despejar as sujeiras de Dumbledore. Nem todas achavam que ele fosse tão maravilhoso assim, sabe- ele pisou umbom nnúmero de calos de gente importante. Mas o velho Doguinho esquivo pode descer do seu hipógrifo, porque tive acesso a uma fonte que faria jornalistas negociarem as própias varinhas para obter,alguém que hjamais fez declarações públicas e que foi intíma de Dumbledore durante a fase mais turbulenta e pertubada de Dumbledore de sua juventude."
  A publicidade que atentecede o lancamento da biografia de Seeter certamente sugere que o livro reserva supresas para os que acreditam que Dumledore levou uma vida sem pecados . Perguntei-lhe quais foram os maiores que descobriu.
Francamente Betty, não vou revelar todas as principais informaçõesantes que ninguém tenha comprado o livro!", sorri Skeeter. "Mas eu posso prometer que
qualquer pessoa que ainda pense que Dumbledore era branco como sua barba pode se
preparar para uma reviravolta! Vamos apenas dizer que ninguém que tenha presenciado a
sua ira contra Você-Sabe-Quem jamais teria sonhado que ele praticou Artes das Trevas em
sua juventude! E para um Bruxo que passou seus últimos anos clamando por tolerância,
ele não era exatamente um mente aberta quando era mais jovem! Sim, Alvo Dumbledore
tem um passado extremamente negro, sem mencionar a sua família suspeita, que ele se
esforçou tanto para manter escondida."
Pergunto-me se Skeeter está se referido ao irmão de Dumbledore, cuja convicção
da Suprema Corte dos Bruxos por praticar mau uso da magia causou um pequeno
escândalo quinze anos atrás.
"Oh, Aberforth é só o começo do saco de bosta.", ri Skeeter, "Não, não, eu estou
falando sobre algo muito pior do que um irmão com gosto para fazer coisas inúteis com
bodes, pior ainda do que seu pai incapacitador de trouxas - Dumbledore não podia manter
nenhum deles quietos de qualquer maneira, eles foram ambos condenados pela Suprema
Corte dos Bruxos. Não, é da mãe e da irmã que eu fico intrigada, e um pouco de insistência
revelou um ninho de safadezas - mas, como eu disse, vocês terão que esperar pelos
capítulos 9 ao 12 para detalhes completos. Tudo o que eu posso falar agora é que eu
entendo o porquê de Dumbledore nunca ter falado de como quebrou o nariz."
Deixando os podres familiares de lado, será que Skeeter nega o brilhantismo que
levou Dumbledore a muitas de suas descobertas mágicas?
"Ele era um crânio", ela concorda, "apesar de agora muitos se questionarem se
ele pode levar todo o crédito por todas as suas supostas conquistas. Como eu revelo no
capítulo 16. Ivor Dillonsby diz que já havia descoberto oito usos do sangue de dragão
antes de Dumbledore 'emprestar' seu trabalho."
Mas a importância de alguns dos feitos de Dumbledore não podem, eu me arrisco
a dizer, ser negados. E sobre a sua famosa vitória sobre o bruxo Grindelwald?
"Oh, agora eu estou grata de você ter mencionado Grindelwald," diz Skeeter com
um sorriso tentador, "Eu receio que aqueles que acreditam cegamente na vitória
espetacular de Dumbledore devem se preparar para uma bomba - quem sabe uma bomba
de bosta. Negócios muito sujos. Tudo que irei falar é que não tenham absoluta certeza que
houve mesmo um duelo lendário. Depois de terem lido meu livro, as pessoas podem ser
forçadas a concluir que Grindelwald simplesmente conjurou um guardanapo branco da
ponta de sua varinha e ficou quieto!"
Skeeter se recusa a revelar qualquer coisas mais nesse assunto intrigante, então
nos direcionamos para a relação que irá fascinar seus leitores mais do que qualquer outra.
"Oh, sim" disse Skeeter, consentindo rapidamente, "Eu dediquei um capítulo
inteiro para toda a relação Potter-Dumbledore. Ela tem sido chamada de insalubre, até
mesmo sinistra. Mais uma vez, seus leitores terão que comprar meu livro para ter acesso a
toda história, mas não há dúvida de que Dumbledore interessou-se além do normal com
Potter pelo que se diz. Se era realmente para o interesse do garoto - bom, nós veremos. É
certamente um segredo conhecido de que Potter teve a mais conturbada das adolescências.
Eu pergunto se Skeeter ainda está em contato com Harry Potter, a quem ela fez
uma entrevista famosa ano passado; uma conhecida entrevista na qual Potter falou
exclusivamente sobre a sua convicção de que Você-Sabe-Quem teria voltado.
"Oh sim, nós desenvolvemos um elo próximo," diz Skeeter. "O pobre Potter tem
poucos amigos de verdade, e nós nos encontramos num dos momentos mais desafiadores
de sua vida - O Torneio Tribruxo. Eu sou provavelmente uma das poucas pessoas vivas que
pode dizer que conhece o verdadeiro Harry Potter."
O que nos leva diretamente aos vários rumores que ainda circulam sobre as
últimas horas de Dumbledore. Será que Skeeter acredita que Potter esteve lá quando
Dumbledore morreu?
"Bom, eu não quero falar demais - está tudo no livro - mas testemunhas oculares
dentro do castelo de Hogwarts viram Potter sair correndo da cena momentos depois que
Dumbledore caiu, pulou ou foi empurrado. Potter mais tarde deu evidências contra Severo
Snape, um grande desafeto de Potter. Será tudo o que aparenta? Cabe à comunidade bruxa
decidir - assim que eles lerem meu livro."
Com essa intrigante deixa, retirei-me. Não há dúvidas que Skeeter escreveu um
best-seller instantâneo. As legiões de adoradores de Dumbledore podem também estar
tremendo sobre o que está próximo de ser revelado sobre o seu herói.


    Harry alcançou o final do artigo, mas continuou a olhar vagamente para a página.
  Repulsão e fúria subiram por ele como ânsia de vômito, pegou o jornal e o lançou, com
todas as forças, contra a parede, onde terminou se juntando ao resto de todo o lixo
acumulado ao redor de sua lixeira demasiadamente cheia.
  Ele começou a andar cegamente pelo quarto, abrindo gavetas vazias e
pegando livros apenas para recolocá-los nas mesmas pilhas, quase inconsciente do que
estava fazendo, à proporção que frases aleatórias do artigo de Rita ecoavam em sua cabeça:
  Um capítulo inteiro para o relacionamento Potter-Dumbledore... Ela tem sido chamada de
insalubre (não saudáveis), até mesmo sinistras... Ele praticou arte das trevas em sua
juventude... Eu tive acesso a uma fonte que muitos jornalistas trocariam suas varinhas
para tê-la...
 - Mentiras! – berrou Harry e, através da janela, viu o vizinho ao lado parar de
tentar religar a sua máquina de cortar grama olhar para o alto apreensivamente.
  Harry sentou bruscamente na cama. O pedaço quebrado de espelho saiu voando
para longe. Ele o pegou e ficou girando em seus dedos, pensando em Dumbledore e nas
mentiras com as quais Rita Skeeter estava difamando-o...
  Houve um clarão do mais brilhante azul. Harry congelou. Seu dedo
machucado passando na ponta afiada do espelho novamente. Ele havia imaginado aquilo,
devia ter imaginado. Olhou por cima de seu ombro, mas a parede era da cor pêssego que a
  Tia Petúnia havia escolhido. Não havia nada azul ali que o espelho pudesse refletir. Olhou
dentro do fragmento de espelho novamente e não viu nada além do próprio olho verde
olhando em resposta.
  Ele havia imaginado isso. Não havia outra explicação, porque ele estava
pensando no seu falecido diretor. Se algo estava certo, era que os olhos azuis ofuscantes de
Alvo Dumbledore nunca mais o penetrariam.


    





 
 

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