
A morte é apenas uma travessia do mundo, tal como os amigos que atravessam o mar e permanecem vivos uns nos outros. Porque sentem necessidade de estar presentes, para amar e viver o que é onipresente. Nesse espelho didino vÊem-se a face, e sua conversa é livre e pura. Esse é o consolo dos amigos e embora se diga que morrem, sua amizade e convivio estão, no melhor sentido, sempre presentes, porque são imortais.
Harry poter está aguardando na rua dos Alferneiros. A Ordem da Fênix chegará em breve para trasferi-lo, em segurança, do endereço de sua familia trouxa, sem que Valdemort e seus seguidores saibam. A partir daí, o que Harry deverá fazer? Como será capaz de cumprir a missão, aparentemente impossível, que Dumbledore lhe deixou?
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
A vida e as mentiras de Alvo Dumbledore (capítulo dezoito)
O sol estava nascendo: A pura, pálida vastidão do céu esticada sobre ele, indiferente
para ele e seu sofrimento. Harry se sentou na entrada da tenda e respirou fundo o ar puro.
Simplesmente por estar vivo para olhar o nascer do sol sobre a nevoenta encosta cintilante deve ter
sido o mais maravilhoso tesouro na terra, ainda assim ele não podia apreciar aquilo: Os seus
sentidos tinham sido desfigurados pela calamidade de perder seu amigo. Ele olhava em volta de um
vale coberto de neve, distantes sinos de igreja que tocavam através do silêncio resplandecente.
Sem perceber, ele cavava seus dedos em seus braços como se ele estivesse tentando
resistir à dor física. Ele tinha derramado seu próprio sangue mais vezes do que ele poderia contar;
Uma vez ele tinha perdido todos os ossos do braço direito; esta jornada já tinha dado para ele
cicatrizes no seu peito e antebraço para se ajuntarem as da sua mão e testa, mas nunca, até este
momento, ele havia se sentido fatalmente fraco, vulnerável e nu, como se a melhor parte de seu
mágico poder tivesse sido tirado dele. Ele sabia exatamente o que Hermione diria se ele expressasse
um pouco disso: A varinha é somente tão boa quanto o bruxo. Mas ela estava errada, em seu caso
era diferente. Ela não tinha sentido sua varinha girar como a ponta de um compasso e disparar
flamas douradas em seu inimigo. Ele tinha perdido a proteção das gêmeas, e somente agora que ele
percebia o quanto ele contava com isso.
Ele pegou os pedaços da varinha quebrada em seu bolso e, sem olhar para eles, os
colocou na bolsa de Hagrid e os amarrou em seu pescoço. A bolsa agora estava muito cheia de
quebrados e inúteis objetos. A mão de Harry tocou o pomo de ouro através da Mokeskin e por um
momento ele teve que lutar contra a vontade de jogá-lo fora. Impenetrável, sem proveito, inútil,
como todas as outras coisas que Dumbledore havia deixado para trás.
E a sua raiva por Dumbledore o atingia como lava, queimando-se por dentro,
destruindo todos os outros sentimentos. Fora do puro desespero eles tinham conversado entre eles e
começavam a acreditar que Godric’s Hollow escondia respostas, convencidos de que teriam que
voltar, que tudo era parte de algum caminho secreto que Dumbledore teria deixado para eles: mas
não havia mapa, não havia plano. Dumbledore os deixou perdidos na escuridão, lutando com
desconhecidas e inimagináveis criaturas, sozinhos e sem ajuda: Nada era explicado, nada era fácil,
eles não tinha espada nenhuma, e agora, Harry não tinha varinha. E ele tinha deixado cair à foto do
ladrão, e certamente seria mais fácil agora para Voldemort descobrir quem ele era...Voldemort tinha
toda a informação agora...
-Harry?
Hermione olhou assustada por ele ter quase a azarado com sua varinha.Sua face
marcada com lágrimas, ela se agachou ao seu lado, duas xícaras de chá tremendo em suas mãos e
alguma coisa volumosa embaixo de seu braço.
-Obrigado - ele disse, pegando uma das xícaras.
-Você se importa se eu falar com você?
-Não - ele disse porque não queria chateá-la.
-Harry, você queria saber quem era o homem da foto.Bem...Eu consegui o livro.
Timidamente ela empurrou o livro no colo de Harry, uma autêntica cópia do livro A
vida e as Mentiras de Alvo Dumbledore.
-Onde --- como ---?
-Ele estava na sala de estar da Bathilda, simplesmente lá... Esta nota estava em cima
dele.
Hermione leu as poucas linhas escritas em ponta fina e de cor verde-limão em voz
alta.
- ‘Querida Batty, Obrigado pela ajuda. Aqui está uma cópia do livro, espero que
você goste. Você disse tudo, mesmo que não se lembre disto. Rita’. Eu acho que isso chegou
enquanto a verdadeira Bathilda estava viva, mas talvez ela não estava em condições de lê-lo?
-Não, ela provavelmente não estava.
Harry olhou para baixo no rosto de Dumbledore e presenciou o surgimento de um
prazer selvagem: Agora ele saberia de todas as coisas que Dumbledore nunca havia achado que
fossem importantes para dizer para ele, querendo Dumbledore ou não.
-Você ainda está bravo comigo, não está?- Hermione disse, ele olhou para cima para
ver suas frescas lágrimas escapando dos olhos dela, e sabia que ele devia ter mostrado raiva em seu
rosto.
-Não - ele disse calmamente - Não, Hermione, eu sei que foi um acidente. Você
estava tentando nos tirar de lá vivos, e você foi incrível. Eu estaria morto se você não estivesse lá
para me ajudar.
Ele tentou lhe dar um aguado sorrido, então voltou sua atenção ao livro. Sua lombada
era espessa; claramente nunca havia sido aberto antes. Ele deu uma passada nas páginas,
procurando por fotografias. Ele passou por uma que lhe chamou atenção de primeira, o jovem
dumbledore e um belo acompanhante, rindo de alguma piada esquecida. Harry dirigiu seus olhos
para a legenda.
Alvo Dumbledore, algum tempo depois da morte de sua mãe, com seu amigo Gellert
Grindelwald.
Harry mirou-se boquiaberto na última palavra por um grande momento. Grindelwald.
Seu amigo Grindelwald. Ele olhou para os lados, para Hermione, que ainda estava contemplando o
nome como se ela não pudesse acreditar em seus olhos. Lentamente ela olhou para Harry.
-Grindelwald?
Ignorando as outras fotografias, Harry procurou nas páginas para a reaparição
daquele nome fatal. Rapidamente ele descobriu e leu com cobiça, mas acabou perdido: Era
necessário ir bem para trás para tudo isso fazer sentido, e eventualmente ele se encontrou no
começo do capítulo chamado: “O Bem Maior”. Juntos, ele e Hermione começaram a ler:
“Agora se aproximando do seu aniversário de dezoito anos, Dumbledore deixou Hogwarts
com um status de glória --- Monitor Chefe, Ganhador do Barnabus Frinkley por Excepcional Lista
de Feitiços que conseguia fazer, O mais jovem Britânico Representante ao Winzengamot,
Ganhador de uma Medalha de Ouro por uma contribuição que fez para a Internacional
conferência de alquimia no Cairo. Dumbledore pretendia, depois, fazer uma grande viagem com
Elphias “Bafo de Cachorro*” Doge, o estúpido, mas devoto assistente que ele tinha escolhido na
escola.
Os dois jovens homens estavam hospedados no Caldeirão Furado em Londres,
preparando-se para partirem para a Grécia na manhã seguinte, quando uma Coruja chegou
anunciando a morte da Mãe de Dumbledore. “Bafo de Cachorro”, que se recusou a ser
entrevistado para este livro, deu ao público a sua versão sentimental sobre o que teria acontecido
depois. Ele representa a morte de Kendra como um trágico impacto, e a decisão de Dumbledore de
desistir de sua expedição como um ato nobre de próprio sacrifício.
Certamente Dumbledore retornou a Godric’s Hollow imediatamente, supostamente
para ‘cuidar’ de seu irmão e irmã mais novos. Mas quanto cuidado ele realmente deu a eles?
“Ele era um grande problema, aquele Aberforth”, disse Enid Smeek, de quem a
família vivia nos arredores de Godric’s Hollow naquela época.”Enfureceu-se. Claro, com Pai e
Mãe ausentes você sentiria pena dele, somente ele continuou a tacar bosta de bode na minha
cabeça. Eu não acho que Alvo estava ligando para ele. De qualquer jeito, eu nunca os vi juntos”.
Então o que Alvo estava fazendo, se não confortando seu rebelde irmão mais novo?
A resposta parece que está certificando a continuidade do confinamento de sua irmã. Embora que
seu primeiro guarda tenha morrido, não houve mudanças na lamentável condição de Ariana
Dumbledore. Sua existência continuou a ser conhecida apenas por algumas pessoas, que como
“Bafo de Cachorro”, poderiam contar a história para quem quisesse acreditar sobre a sua “saúde
ruim”.
Outro amigo facilmente satisfeito da família era Bathilda Bagshot, a famosa
historiadora mágica que viveu em Godric’s Hollow por muitos anos. Kendra, obviamente, havia
rejeitado Bathilda quando ela foi dar às boas vindas à família para a vila. Anos depois, no entanto,
a autora mandou uma coruja para Alvo em Hogwarts, favoravelmente impressionada pelo seu
papel em transformação de trans-espécies em Transfiguração Hoje em Dia. Esse acordo incial
levou a uma amizade com toda a família de Dumbledore. Na época que Kendra morreu, Bathilda
era a única pessoa em Godric’s Hollow que tinha contato com a mãe de Dumbledore.
Infelizmente, a brilhante Bathilda agora era ofuscada. “O fogo esteve aceso, mas o
caldeirão vazio”, foi como Ivor Dillonsbry descreveu isso para mim, ou, em Enid Smeek, uma frase
mais grosseira sua, “Ela está totalmente louca”. Todavia, umas combinações de tentadas-etestadas
técnicas de reportagem me permitiram extrair fatos concretos o bastante para juntar com
o resto de toda essa escandalosa história.
Como todo o resto do Mundo Bruxo, Bathilda associa a morte prematura de Kendra
a um feitiço de contra-explosão, história repetida por Dumbledore e Aberforth por muitos anos.
Bathilda também mostrou a árvore genealógica em Ariana, chamando-a de “frágil” e “delicada”.
No entanto, em uma coisa, Bathilda valeu os esforços que tive procurando Veritaserum para ela, e
ela sozinha, sabe da história completa do melhor segredo da vida de Alvo Dumbledore. Agora
revelado pela primeira vez, pondo em dúvida tudo e todos aqueles admiradores que acreditavam
em Dumbledore: sua suposta aversão às Artes das Trevas, sua oposição à opressão dos Trouxas,
até mesmo sua dedicação à família.
No mesmo verão que Dumbledore foi para casa em Godric’s Hollow, agora um
órfão e chefe de família, Bathilda Bagshot concordou em aceitar em sua casa seu sobrinho-neto,
Gellert Grindelwald.
O nome de Grindelwald é simplesmente famoso: Na lista dos Mais Perigosos Bruxos
das Trevas de todos os tempos, ele só perderia o primeiro lugar porque Você-Sabe-Quem chegou,
uma geração depois, para roubar sua coroa. Como Grindelwald nunca espalhou seu terror para a
Inglaterra, no entanto, os detalhes da ascenção de seu poder não são totalmente conhecidos aqui.
Educado em Durmstrang, uma famosa escola por sua infeliz tolerância às Artes das
trevas, Grindelwald mostrou-se tão precocemente brilhante quanto Dumbledore. Em vez de
canalizar suas habilidades na obtenção de troféus e prêmios, no entanto, Gellert Grindelwald não
se dedicou a nenhum destes propósitos. Em seus 16 anos de idade, nem Durmstrang podia mais
fingir que não viam os distorcidos experimentos de Gellert Grindelwald, e assim ele foi expulso.
Até aqui, tudo o que se soube dos próximos movimentos de Grindelwald é que ele
“viajou por aí durante alguns meses”. Agora pode ser revelado que Grindelwald escolheu visitar
sua tia-avó em Godric’s Hollow, e que lá, isso irá ser intensamente chocante para quem ouvir isso,
ele engatou uma amizade com ninguém menos que Alvo Dumbledore.
“Ele parecia um garoto encantador, para mim”, murmura Bathilda, “seja lá o que
for que ele se tornou depois. Naturalmente eu o apresentei ao pobre Alvo, que estava sentindo falta
da companhia de alguém da sua idade. Os dois se simpatizaram um com o outro logo de cara”.
Com certeza eles simpatizaram. Bathilda me mostrou uma carta, mantida por ela
que Alvo Dumbledore mandou para Gellert Grindelwald na calada da noite.
“Sim, mesmo depois de terem passado o dia inteiro discutindo --- ambos brilhantes
garotos, era como um caldeirão em chamas --- Às vezes, eu ouvia uma coruja batendo na janela do
quarto do Gellert, entregando uma carta de Alvo! Uma idéia tinha brotado nele e ele precisava
contar para Gellert imediatamente!”
E que idéias que eles tinham. Profundamente chocante o fato que os fãs de Alvo
Dumbledore irão saber disso, aqui estão os pensamentos de um herói de dezessete anos,
transmitidos ao seu novo melhor amigo. (Uma cópia original da carta pode ser vista na página
463.).
Gellert ---
Seu ponto de vista sobre o domínio Bruxo pelo BEM DOS PRÓPRIOS TROUXAS --- este,
eu penso, é o ponto crucial. Sim, nós temos dado poder e sim, aquele poder nos deus o direito à
regra, mas também nos deus responsabilidades sobre a regra. Nós devemos destacar este ponto, ele
vai ser à base de pedra sobre a qual nós construiremos. Onde nós fomos opostos, como certamente
seremos, essa deve ser à base de todos os nossos contra argumentos. Nós tomamos o controle
PELO BEM MAIOR. E a partir disso, se encontrarmos resistência, nós devemos apenas usar a
força que for necessária, e nada mais, (esse foi o seu erro em Durmstrang! Mas eu não me queixo,
afinal, se você não tivesse sido expulso nós nunca nos encontraríamos).
Alvo.
Surpresa e aprovada, como muitos dos admirados irão ficar, esta carta constituía o
Estatuto do Segredo** e estabelecia as regras mágicas sobre os Trouxas. Um golpe aos que
sempre retrataram Dumbledore como o maior campeão aos nascidos Trouxas! Quão vazios os
discursos promovendo direitos aos Trouxas pareciam sob a luz dessa condenável nova evidência!
Quão desprezível Alvo Dumbledore aparecia, ocupado embalando sua subida para o poder
enquanto ele deveria estar de luto por sua mãe e cuidando de sua irmã!Nenhuma dúvida que
determinava manter Dumbledore em seu esfarelado pedestal iria permanecer que ele não tinha,
depois de tudo, posto seus planos em ação, que ele deveria ter sofrido uma mudança de coração,
que ele voltara aos seus sentidos. No entanto, a verdade parece mais chocante ainda em um
conjunto só.
Apenas dois meses dentro de suas novas e grandes amizades, Dumbledore e
Grindelwald separaram-se, para nunca mais se verem novamente até eles se encontrarem no
legendário duelo (para mais, veja capítulo 22).O que causou essa abrupta ruptura?Dumbledore
tinha voltado aos seus sentidos? Teria ele dito a Grindelwald que ele não queria mais fazer parte
dos planos? Ah, não.
“Foi a pobre Ariana morrendo, eu acho, que fez isso”, Diz Bathilda. “Veio como um
terrível choque. Gellert estava lá na casa quando isto aconteceu, e ele voltou a minha casa cheio de
temor, me contou que queria ir pra casa no próximo dia. Terrivelmente angustiado, sabe. Então eu
lhe arranjei uma Chave do Portal e essa foi à última vez que o vi”.
“Alvo estava com ele mesmo na morte de Ariana. Era tão terrível para aqueles dois
irmãos. Eles tinham perdido todo mundo exceto um ao outro. Nenhum bom temperamento se
manifestava ali. Aberforth culpou Alvo, sabe, como as pessoas irão perguntar essas terríveis
circunstâncias. Mas Aberforth sempre falava um pouco furioso, pobre garoto. Ao mesmo tempo, o
nariz quebrado de Alvo não estava decente. Isto destruiria Kendra se ela visse seus filhos lutando
daquele jeito, perto do corpo de sua filha. Envergonhado Gellert não poderia ter ficado para o
funeral... Ao menos ele teria sido um conforto para Alvo..”. A disputa ao lado do caixão, conhecida
apenas pelos poucos presentes no funeral de Ariana Dumbledore, gerou várias dúvidas. Por que
exatamente Aberforth culpava Alvo pela morte da irmã? Era isso, como se fingisse de louco, uma
mera efusão de sofrimento? Ou ali poderia haver mais algumas concretas razões para a sua fúria?
Grindelwald expulso de Durmstrang pelos fatais ataques aos estudantes da escola, fugiu do país
horas depois da morte da garota, e Alvo (envergonhado ou com medo?) nunca o viu novamente,
não até ser forçado a fazê-lo por pedido do Mundo Bruxo.
Nem Dumbledore nem Grindelwald alguma vez parecerem se referir as suas
amizades de infância, posteriormente em suas vidas. No entanto, não pode haver nenhuma dúvida
que Dumbledore adiou, por cinco anos de tumultos, fatalidades e desaparecimentos, seu ataque
sobre Gellert Grindelwald. Era ima ligeira afeição pelo homem, ou medo de expor, como um dia
tendo sido seu melhor amigo, que fez Dumbledore hesitar? Era somente relutante que Dumbledore
tomou a iniciativa para capturar o homem que uma vez ele estava tão feliz em conhecer?
E como a misteriosa Ariana morreu? Fora ela uma vitima inadvertida de algum
ritual das trevas? Teria ela falhado em algo que não deveria ter feito, como os dois jovens homens
sentados praticando para a sua tentativa de glória e domínio? Será que é impossível que Ariana
tenha sido a primeira pessoa a morrer “pelo bem maior?””
O capítulo terminava aqui e Harry olhou para cima.Hermione tinha chegado ao fim
da página antes dele.Ela puxou o livro da mão de Harry, parecendo um pouco alarmada, e fechou o
livro sem olhar para ele, como se estivesse escondendo alguma coisa indecente.
- Harry...
Mas ele chacoalhou a cabeça. Algo dentro dele certamente havia batido; era
exatamente a mesma sensação de quando Rony partiu. Ele tinha confiado em Dumbledore,
acreditado nele: a personificação da bondade, inteligência e bom senso.Tudo estava escuro: Quando
mais ele poderia perder? Rony, Dumbledore, a varinha de fênix...
-Harry - Ela perecia ter ouvido os pensamentos dele. - Escute-me. Isso --- Isso não
foi uma coisa muito boa de se ler ---.
-É, você poderia dizer isso ---
-...Mas não se esqueça, Harry, que é a Rita Skeeter escrevendo.
-Você leu a carta ao Grindelwald, não leu?.
-Sim, Eu --- Eu li - Ela hesitou, parecendo chateada, segurando seu chá nas mãos
geladas.
-Eu acho que essa é a pior parte.Eu sei que Bathilda achava que tudo isso era só uma
conversa, mas ‘pelo bem maior’ se tornou o slogan de Grindelwald, e a sua justificativa para todas
as atrocidades que ele cometeu mais tarde. E...A partir disso...Parece que Dumbledore deu a idéia
para ele. Eles dizem que ‘Pelo Bem Maior’ estava inclusive gravado na entrada de Nurmengard.
-O que é Nurmengard?
-A prisão que Grindelwald tinha construído para prender seus oponentes.Acabou que
ele mesmo foi preso ali, uma vez que Dumbledore o pegou.De qualquer jeito, é --- é um
pensamento horrível que as idéias de Dumbledore tenham ajudado Grindelwald a subir ao poder.
Mas por outro lado, mesmo Rita não pode fingir que eles se conheciam um ao outro há mais de
alguns meses, durante um verão quando os dois eram realmente muito jovens, e ---
-Eu achei que você iria dizer isso - Harry disse. Ele não queria descontar sua raiva
nela, mas era difícil manter sua voz estável.
-Eu achei que você diria ‘Eles eram jovens’. Eles estavam na mesma idade que nós
estamos agora. E olho só para nós, arriscando nossas vidas para lutar contra as Artes das Trevas, e
lá estava ele, em um grupo, com seu novo melhor amigo tramando a sua ascensão sobre os Trouxas.
O seu temperamento não permaneceria em choque por muito tempo. Ele se levantou
e foi dar uma volta, tentando se distrair.
-Eu não estou tentando defender o que Dumbledore escreveu - disse Hermione.
-Todo aquele lixo de ‘direito sobre a regra’ é ‘Magia é Poder’, tudo de novo. Mas
Harry, a mãe dele tinha acabado de morre, ele estava preso sozinho em casa ---
-Sozinho? Ele não estava sozinho! Ele tinha o seu irmão e a sua irmã para
companhia, a sua irmã abortada que ele mantinha trancada ---
-Eu não acredito nisso - disse Hermione.Ela se levantou também. - Seja lá o que
havia de errado com aquela garota, eu não acho que ela era um Aborto. O Dumbledore que agente
conhecia nunca, já mais permitiria ---
-O Dumbledore que nós achávamos que conhecíamos não iria querer conquistar
Trouxas à força! - Harry gritou, sua voz ecoou por toda a vazia encosta, e vários corvos subiram ao
ar, gritando e espiralando contra o céu perolado.
-Ele mudou, Harry, ele mudou! É tudo muito simples! Talvez ele realmente
acreditava naquelas coisas quando ele tinha dezessete anos, mas por todo o resto de sua vida ele se
dedicou a lutar contra as Artes das Trevas! Dumbledore foi quem parou Grindelwald, foi quem
sempre votou para a proteção dos Trouxas e para os direitos dos nascidos Trouxas, quem lutou
contra Você-Sabe-Quem desde o começo, e quem morreu tentando acabar com ele!
O livro de Rita caiu no chão entre eles, de um modo que a face de Alvo Dumbledore
sorria tristemente para ambos.
-Harry, sinto muito, mas eu acho que a verdadeira razão para você estar tão bravo é
que Dumbledore nunca lhe contou nada disso, nada dele mesmo.
-Talvez eu esteja! - Harry berrou, e ele levou suas mãos até a cabeça, quase não
sabendo se estava tentando conter sua raiva ou protegê-lo do peso de sua desilusão -Olhe o que ele
pediu pra mim, Hermione! Arrisque sua vida, Harry! E de novo! E de novo! E não espere que eu te
explique tudo, apenas confie em mim cegamente, confie que eu sei o que eu estou fazendo, confie
mim mesmo que eu não confie em você! Nunca toda a verdade! Nunca!
Sua voz falhou com a tensão, e eles olhavam um para o outro dentro do vazio, e
Harry se sentiu como se eles fossem insignificantes como insetos sob esse largo céu.
-Ele te amava - Hermione sussurrou - Eu sei que ele te amava.
Harry abaixou seus braços.
-Eu não sei quem ele amava, Hermione, mas não nunca deve ter sido eu. Isto não é
amor, a bagunça em que ele me deixou dentro. Ele dividiu uma maldita visão a mais do que ele
realmente estava pensando com Gellert Grindelwald que ele nunca dividiu comigo.
Harry pegou a varinha de Hermione, a qual ele tinha derrubado na neve, e se sentou
de costas na entrada da tenda.
-Obrigado pelo chá. Eu irei terminar de vigiar. Você volte para dentro.
Ela hesitou, mas reconheceu a derrota. Ela pegou o livro e então andou de volta para
tenda, mas como havia feito, ela acariciou o topo da cabeça dele ligeiramente com sua mão. Ele
fechou os olhos com o seu toque, e se odiou por desejar que o que ela disse fosse verdade: que
Dumbledore realmente se importava.
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